O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), alerta, já há algumas décadas, sobre os impactos da ação antrópica no planeta. Após ignorar os avisos várias vezes, a Terra começou a mostrar que nossas ações podem de fato abalar gravemente a complexa dinâmica do planeta, principalmente no que tange ao clima. Nesse contexto, o Brasil se vê diante de grandes desafios na medida em que seu território revela diversos problemas. Primeiramente, é válido ressaltar que o aquecimento global é resultado de algumas atitudes. O tão conhecido e temido efeito estufa se agrava devido ao aumento das emissões de gases provenientes da queima de combustíveis fósseis por automóveis, industrias e termelétricas. Nesse ponto, medidas simples podem contribuir para a redução do problema, como o incentivo ao transporte público em detrimento do privado, a utilização de filtros em industrias e a busca por outras fontes de energia, como a solar ou a nuclear. Além disso, o desmatamento na Amazônia gera impactos em todo o país. A redução da área florestal ocasionou a seca sofrida no Sudeste e as enchentes na região Norte, devido à alteração nos “rios voadores”. Tal situação, se mantida, poderá gerar consequências drásticas para o país, como problemas no fornecimento de alimentos, no funcionamento das indústrias e na própria população. Entra em questão, dessa forma, a utilização da água. Enquanto vários locais buscam soluções para diminuir o gasto do líquido vital, o Brasil não parece muito preocupado com a situação. A agropecuária utiliza 80% de todo o recurso consumido no país, e as indústrias, responsáveis por outros 7%, muitas vezes descarregam seus detritos diretamente nos cursos d'água. Em uma conjuntura de crise de abastecimento e mudanças climáticas é preciso investir em tecnologia, como sensores que fiscalizam a umidade do solo, a fim de reduzir significativamente a demanda no campo, já a obrigatoriedade de tratar resíduos industriais diminuiria a probabilidade de contaminação dos rios. Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas efetivas para reduzir os problemas ambientais. O governo deve investir em infraestrutura energética, em busca de favorecer a matriz renovável; precisa também, promover o maior monitoramento das florestas e exigir práticas sustentáveis do 2° setor, bem como intensificar a punição para os infratores. Por fim, por meio de campanhas socioeducativas, a população precisa engajar-se e contribuir para a redução do consumo. Apenas com a participação de todos será possível reverter as previsões do IPCC. Corretor: é válido detalhar as propostas de intervenção durante o desenvolvimento e fazer uma síntese mais geral na conclusão? Em temas como esse é difícil argumentar sem já mostrar possíveis soluções. Obrigada.