A natureza, muitas vezes, pode ser algo imprevisível. A cidade da Pompeia do antigo Império Romano, por exemplo, foi quase totalmente destruída por um erupção vulcânica que cobriu toda a região, num fenômeno totalmente inesperado pela população local. Hoje, com a geologia, meteorologia e as diversas tecnologias para o estudo da natureza, é possível prever com certa autoridade a maior parte dos fenômenos naturais. Por isso, órgãos não governamentais e governos internacionais, incluindo o Brasil, devem urgentemente tentar prevenir problemas que poderão surgir num futuro não muito distante. O caso do Brasil dentro deste cenário de instabilidade ambiental é bastante especial, pois o território do país é bastante extenso, abrangendo latitudes abaixo e acima da Linha do Equador, englobando uma maior diversidade de fauna, flora e clima. Portanto, fenômenos naturais, principalmente climáticos, possuem um efeito diferente de acordo com sua vegetação e localização no globo terrestre. Devido a isso, é essencial que o governo estude com bastante cuidado as peculiaridades de cada região, a fim de se criar políticas específicas e direcionadas para cada lugar e tratar o problema com maior eficiência. Apesar da heterogeneidade da natureza brasileira, as regiões do país ainda são interdependentes, principalmente no âmbito econômico e de infraestrutura. As usinas hidrelétricas, que são hoje as principais fontes de energia do Brasil, possuem uma grande dependência do funcionamento da natureza, pois a água dos rios e das chuvas são utilizadas como força motriz. Portanto, se uma região for atingida climaticamente, seja por poluição, desmatamento ou causas naturais, pode desencadear um efeito em localidades periféricas, alternando o ciclo de chuvas ou a variação de temperaturas. O caso mais atual foi da seca em São Paulo, que sofreu tanto da influência da região Amazônica como de um governo ineficiente. Depreende-se, pois, que o governo brasileiro tem um papel importantíssimo na preservação da integridade da natureza e do bem estar da população em momentos de instabilidade natural. O cuidado direcionado é essencial para que não ocorra um efeito em cadeia. Políticas contra o desmatamento e para a diminuição da poluição urbana, liberação de verba para governos estaduais realizarem planejamentos econômicos e energéticos em suas regiões e evitar apagões, e, por fim, acolhimento de vítimas de desastres naturais ou retirantes, com subsídios e oferecimento de moradias, são exemplos de atitudes que o governo deveria providenciar para enfrentar as mudanças climáticas internas e globais.