Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O desafio do combate à pedofilia no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 02/02/2017

Segundo o sociólogo Zygumunt Bauman, as relações humanas, na era pós-moderna, se encontram cada vez mais fragilizadas. Essa realidade pode ser facilmente notada ao se analisarmos os desafios do combate à pedofilia no Brasil contemporâneo, quando a tendência de toda sociedade progressista seria ter, gradativamente, menos problemas desse cunho. Dessarte, é perceptível que a persistência do abuso sexual de menores e a consequente dificuldade em combatê-la devem-se, principalmente, a dois fatores: à falta de eficiência governamental na luta pela erradicação pedofilia e a deficiências, por parte da família e da escola, em formar cidadãos conscientes sobre o assunto. De acordo com o filósofo Thommas Hobbes, cabe ao Governo promover o bem-estar da sociedade como um todo. Contudo, esse papel não tem sido exercido de maneira efetiva no Brasil, uma vez que o combate à pedofilia ainda é muito difícil no país. Criminosos impunes, vítimas não-assistencializadas e um território cada vez mais propício e amplo aos pedófilos podem evidenciar tal fato. Pela falta de regulamentação e fiscalização na internet, tornou-se mais fácil difundir conteúdos pornográficos infantis sem ser descoberto, sendo, também, mais fácil fazer vítimas. No entanto, o Estado ainda não se adaptou a essa nova realidade, atuando de maneira diferente da devida. Paulo Freire, educador brasileiro, afirmava que a escola e família devem trabalhar em conjunto para formar cidadãos conscientes. Contudo, tais instituições, no Brasil, não têm atuando dessa maneira. Apesar de violência a sexual jamais ser culpa da vítima, é preciso que crianças e adolescentes, os quais estão cada vez mais conectados à rede, adotem medidas de segurança que evitem tais situações. Mas como grande parte dos responsáveis não fiscalizam as mensagens que seus filhos trocam e/ou os sites que acessam, eles podem ser facilmente atingidos por pessoas mal-intencionadas. Ademais, a escola também não cumpre seu papel cidadão no combate à pedofilia, pois, em sala de aula, não se debate formas de prevenção a pessoas mal-intecionadas (e possíveis pedófilos) no ambiente virtual e físico. Pode-se, pois, perceber que a escola, a família e o governo não têm cumprido seus respectivos papéis no combate à pedofilia, tornando-o desafiador. Dessa forma, cabe ao Governo, ao lado da Polícia Federal, trabalhar de maneira mais direta na busca por conteúdos com pornografia infantil na web, excluindo-os da rede e punindo quem os produziu, divulgou ou participou de maneira direta ou indireta deles. Além disso, essa mesma dupla deve buscar pedófilos que agem em redes sociais e bate-papos, rastreando suas localizações e condenando-os de acordo com a Lei. Já a escola, ao lado da família, deve orientar seus alunos a como fugirem de situações de risco virtual e fisicamente, por meio de palestras e conversas em família, debatendo desde o que se deve ou não expôr nas redes até a contatos que não devem ser estabelecidos (até mesmo em offline). Dessarte, tornar-se-á possível combater, efetivamente, a pedofilia no país.