No que se refere ao desafio do combate à pedofilia no Brasil contemporâneo, é possível afirmar que combater os crimes de abuso contra menores está se tornando uma tarefa cada vez mais difícil nos últimos anos, isso se evidencia não apenas pela facilidade dos pedófilos em manter contato com as vítimas, mas também em razão da falta de investimento no atendimento de prevenção. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social. Hoje, a internet facilita que os pedófilos mantenham contato junto às vítimas através das redes sociais, pois a exposição de fotos e dados pessoais dos pequenos é muito grande. Desse modo, os pervertidos se aproveitam das informações para seduzir os inocentes. De acordo com o Ministério da saúde diariamente, pelo menos vinte crianças de zero a nove anos de idade são atendidas nos hospitais que integram o Sistema único de Saúde (SUS), após terem sido violentadas sexualmente. Além disso, a falta de investimento no atendimento de prevenção gera dificuldades no monitoramento das famílias, visto que: muitos conselhos tutelares, por exemplo, nem têm carros para ir até as casas nas comunidades e agir na precaução dos abusos. A biologia tem comprovado que, ao contrario do que defendia Darwin, nem sempre é o mais forte quem sobrevive. Neste caso, a sobrevivência e a dignidade estão ao lado daqueles que têm tido informação e força para denunciar. Dessa forma, é dever do Estado proteger as crianças da violência, tanto física quanto moral, criando campanhas contra a violência, além de impor leis mais rígidas e punições mais severas para os pedófilos que não as cumprir. Some-se a isso o investimento na prevenção dando aos conselhos tutelares melhores condições de trabalho, comprando viaturas novas e contratando um numero maior de profissionais.