No século XXI, a cada 15 segundos uma criança é abusada sexualmente. Com isso, diante dos crescentes casos relatados no Brasil, fora adotado 18 de Maio como o Dia Nacional do Combate à Pedofilia. No entanto, com a disseminação e a facilidade proposta pelas novas tecnologias e redes sociais, a agravante tem se tornado cada vez mais comum e impune. Assim, em paralelo, o desafio na luta contra a pedofilia tem percorrido proporções cada vez maiores. De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever da família, da sociedade e do Estado garantir tanto direitos básicos necessários à vida, como a segurança emocional e física da criança ou adolescente. No entanto, diante do anonimato nas redes sociais como Whatsapp e Facebook, diariamente, vídeos e fotos de atos de pedofilia são expostos por abusadores. Ainda, seja pela impunidade, seja pela dificuldade de identificação, muitos pedófilos conseguem marcar encontros com possíveis vítimas e praticarem o abuso. Assim, tanto o monitoramento por parte dos pais, como a punição por parte dos órgãos governamentais, são deficitários e demasiadamente importantes no combate aos potenciais agressores. Outrora, a violência do direito à integridade emocional e física da criança trás consequências calamitosas ao posterior adulto, em longo prazo. De acordo com o órgão internacional Save The Children, tanto depressão, ansiedade, dificuldades em estabelecer relações sexuais e interações sociais, como condutas suicidas são consequências prováveis. Contudo, a problemática principal gira em torno da evolução da condição de abusado para a de abusador, onde é possível reproduzir as cenas sexuais infantis traumáticas. Com isso, é notória a importância do tratamento psico-terapêutico às vítimas, de acordo com o escritor francês Vauvenargues: "Antes de atacar um abuso, deve ver-se se é possível arruinar-lhes os alicerces". Portanto, a partir dos pontos analisados, torna-se necessária a mobilização da sociedade na luta contra a pedofilia. Para isso, o Governo deve impor uma legislação mais rígida e punitiva, com o rastreamento e investigação de possíveis abusadores, assim como deve garantir o tratamento psicológico das vítimas. Ademais, ONGs devem disseminar campanhas que informem sobre a importância da denúncia e a existência do Disque 100, em casos de abuso sexual. Outrora, escolas devem propor palestras sobre a pedofilia e o alerta da superexposição nas redes, enquanto, em paralelo, a família deve conversar com a criança sobre qualquer indício de abuso, tornando cada vez mais eficaz o combate à pedofilia.