Pedofilia qualifica relações sexuais de adultos com crianças, as quais são consideradas como crime pelo direito penal no Brasil. Tal barbárie ocorre por diferentes fatores, os quais formam barreiras que dificultam o encontro desses criminosos pela polícia. Sendo assim, é necessário o planejamento de estratégias que combatam esse tipo de violência contra menores. Adultos em diretórios da internet, em busca de fotos de crianças desnudas, contato com infantojuvenis em redes sociais e encontros entre adultos e jovens desconhecidos em locais que atraiam esse público são alguns dos indícios de pedofilia que ocorrem, infelizmente, no Brasil. Nesse contexto, Mario Sergio Cortella, em um de seus livros sobre a maquinaria social e suas consequências, retrata os baixos números de denúncia em delegacias relacionados a esse tipo de atrocidade. Sendo assim, o medo de vingança do pedófilo contra o denunciante é algo relevante no momento de expor essa ocorrência. Nessa visão, entre aqueles que cometem transgressões e aqueles que perdem sua pureza, crescem os fatores que dificultam a punição de delinquentes. Cabe apontar nesse sentido, que além da carência de notificação dessas brutalidades, a normalidade dos pedófilos na sociedade contemporânea é um elemento que contribui para falta de condenação. Nessa perspectiva, Leandro Karnall em um programa na mídia expôs que pedófilos podem passar despercebidos nas ruas, pois fisicamente são normais. Nesse contexto, o filósofo retrata que a problemática esta relacionada com distúrbios psicossociais e a falta de atendimento em saúde pública no país. Nessas questões, a negligência pode resultar em psicose sexual infantil. Dessa forma, ou encontramos e tratamos essas pessoas que infringem as leis, ou o período da infância desaparecerá do desenvolvimento humano. Fica evidente, portanto, que pedofilia vai de encontro com as leis do país, logo, fundamentos corretivos devem fazer parte das prioridades da federação. Ao poder público cabe a função de busca e repreensão desses marginais. Dessa maneira, condenados devem pagar pelos seus atos com trabalho social, tal como em lar de idosos, local onde aprenderão princípios básicos de sociabilidade. A escola tem papel fundamental no desenvolvimento humano, posto isso, nesse ambiente, palestras podem ser dadas a respeito do assunto, por profissionais qualificados. Além disso, discussões devem ser geradas entre alunos, pais e professores no contexto escolar para que todos possam entender e discutir sobre como combater essa impunidade. Somente assim, pela educação, poderemos capacitar nossos jovens para que no futuro não tenhamos que condenar nossos adultos.