Em 2000, o dia 18 de maio foi escolhido pela Lei 9.970, como o Dia do Combate ao Abuso e à Exploração a Criança e Adolescente. Todavia, anos mais tarde,o índice de abuso sexual infantil no Brasil continua a crescer. Nesse contexto, problemas como a falta de sensibilidade da população e a repressão sofrida pela vítima, tornam-se empecilhos a serem combatidos. Primeiramente, a falta de sensibilidade da população sobre violação sexual, apenas agrava a situação. Segundo um estudo realizado pelo Disque Direitos Humanos, 70% das vítimas são crianças e adolescentes, entre 8 a 15 anos, em sua maioria. 62% dos abusadores são adultos entre 18 a 40 anos. Provavelmente, a ausência de conhecimentos no assunto se deva, porque a Pedofilia ainda seja um tabu perante a sociedade. Fato que dificulta o andamento no combate de crimes sexuais conta menores. Além disso, é importante ressaltar que a culpa nunca é da vítima. Pelo contrário, o responsável é o abusador que comete o ato e em muitas vezes, sai impune das acusações. Ademais, a repressão sofrida pela vítima, acarreta em diversas consequências, tais como, traumas psicológicos, recusa dos fatos, medo, depressão, desconfiança e fragilidade. Outrossim, em 38% dos casos, o agressor possui algum tipo de vínculo com a vítima, o que facilita o contato entre ambos. Fica claro, portanto, que medidas são necessárias para combater a Pedofilia. O Estado juntamente com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), deve promover programas e palestras que forneçam informações para que a sociedade possa ser conscientizada diante do agravamento do problema. Não só as escolas devem priorizar debates acerca do assunto e esclarecer dúvidas aos alunos, como também incentivar a Educação Sexual como uma ferramenta no auxílio de prevenções e denúncias. E por fim, cabe a própria família o dever de apoiar e assegurar a criança ou o adolescente a denunciar o crime de violência sexual.