Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. No que se refere ao combate à violência infantil no Brasil, pode-se perceber que, o combate a pedofilia, reflete essa realidade. O abuso sexual infantil é um dos crimes que vem crescendo cada vez mais em nosso país. Esse tipo de prática ocorre muitas vezes pela falta de preparo psicológico, onde alguns criminosos foram violentados durante a infância, más tal fato não justifica o crime. Segundo dados do “UNICEF”, 90% dos casos de pedofilia são causados por membros da própria família. O “ECA” estabelece que a proteção da criança e do adolescente é um direito de todos e não justifica a omissão de testemunhas. Os crimes também acontecem pela internet, veículo de comunicação que abrange todo país, facilitando a prática de crimes por esses psicopatas, muitos dos casos de estupro de vulnerável que se iniciam pela internet terminam em morte. A mega operação “LUPUS AGNUS” da Polícia Federal realizada em 2016, movimento que contou com a participação das forças de seguranças de todos os estados do Brasil, prenderam dezenas de criminosos que marcavam encontros com crianças e adolescentes pelas redes sociais. O “Senado Federal” aprovou este ano a lei que garante a polícia de investigação, a quebra do sigilo a informação, para identificar pessoas que utilizam da internet para cometer crime de pedofilia. A mesma lei sancionada, também confisca os bens daqueles julgados e condenados pelo crime de estupro de vulnerável. A falta de estrutura nos órgãos competentes é uma realidade, isso acaba impedindo diversas vezes o desenvolvimento de uma ação. O conselho tutelar tem intermediado em alguns casos, mas a falta de investimento e infraestrutura por parte do governo do estado, nesses órgãos de competência, tem dificultado o trabalho dos agentes de educação familiar. O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço da pedofilia no Brasil, deve tornar-se efetivo, uma vez que a alta taxa de crimes, envolvendo o abuso sexual em crianças por pais e parentes, reflete essa realidade. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, desenvolvendo palestras educativas para os pais, investimento do Governo Federal em ONGS e órgãos de competência, acompanhamento psicológico para aquelas crianças que sofreram com os esses abusos, será possível amenizar os traumas sofridos na infância, construindo uma sociedade mais fiel as leis de nosso pais.