No filme “Confiar”, uma adolescente troca mensagens com um pedófilo, não reconhencendo, de imediato, que é vítima de assédio sexual. Fora das telas, esse crime tem se propagado: uma das desvantagens da facilidade de comunicação do mundo contemporâneo. Combater esse mal tem se mostrado um desafio para o nosso país. Em primeiro plano, o anonimato e a facilidade de navegação transformaram a internet em uma forte ferramenta de criminalidade. A continuidade desse mal trasforma, até sem conhecimento, crianças e adolescentes em vítimas. Esse tipo de ação, mesmo sem ser presencial, é um crime, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente. E a questão passa, por vezes, despercebida, pois poucos pais acompanham com quem seus filhos conversam no meio virtual. Por trás disso, existem policiais, no estado de São Paulo, por exemplo, que se dispõem no combate desse mal por meio de softwares. No entanto o problema está longe de ser resolvido, devido ao fato de que no Brasil, em geral, há pouca mobilização. Além do mais, há o fato do medo de denúncia por parte dos infantes, o que faz com que persista a impunidade. Para resolver o impasse urge, portanto, a tomada de medidas. A Polícia Federal deve investir na criação de ouvidorias onlines em que as vítimas e seus familiares denunciem os agressores a partir do número ou perfil de contato. É necessário, para isso, a promoção de eventos, pelos centros educadores, de acompanhamento psicológico individual para os jovens. Desse forma, diminuiria o medo das crianças de denunciarem, além da conscientização a respeito da pedofilia. Por fim, convêm à população o aprimoramento do cuidado com os filhos, através da observação do que os pequenos acessam na internet e com quem dialogam.