A pedofilia, considerada como uma doença psicológica que leva um adulto a sentir desejo sexual por uma criança, aumenta a cada dia no Brasil. Dados do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mostram algumas mudanças no perfil dos pedófilos. Também é importante a mudança necessária de comportamento de pais e profissionais que trabalham com crianças, na tentativa de diminuir os casos. O DHPP divulgou seus dados de 2011 a 2013, mostrando o perfil do pedófilo no Brasil hoje. As informações chamam a atenção porque 40% desses indivíduos têm entre 18 e 40 anos, mas 35% têm até 17 anos, sendo menores como as vítimas da pedofilia. Esse número expressivo é decorrente da facilidade de acesso a ferramentas virtuais como a internet e redes sociais, que tanto os menores pedófilos quanto as vítimas possuem sem a orientação e a fiscalização dos responsáveis. Os pais, cada dia mais, têm dificuldade de organizarem a vida familiar para conseguirem dar atenção à rotina de seus filhos. As crianças acabam passando a maior parte do dia sob os cuidados dos educadores e cuidadores, que nem sempre conseguirão educá-las e fiscalizá-las como é necessário. O acesso desmedido a celulares e computadores com internet facilita a desproteção das vítimas. O quadro atual da pedofilia no Brasil mostra que uma parcela expressiva de suas possíveis vítimas já está se tornando abusador antes de chegar à maioridade. As ferramentas de comunicação à distância têm facilitado a ocorrência desses abusos infantis. É importante que pais e profissionais estejam atentos às atitudes das crianças e fiscalizem e limitem seus acessos ao mundo virtual.