Pedofilia vem do grego e pode ser compreendido como "afeição por crianças", na Grécia antiga essa parafilia era amparada por lei, o que hoje é um crime hediondo contra a criança e que pode deixar graves sequelas na vítima, reafirmando a necessidade de combater esse mal, o que não é uma tarefa fácil. Combater a pedofilia, além de complicado, é uma questão repleta de complexidade. O pedófilo é aquele que sente atração sexual por uma criança, mas isso não significa que ele seja um abusador ou consuma material de pornografia infantil, nem que todo ato de violência contra a criança seja cometido por alguém com a mesma condição psicológica. Na literatura científica há relatos de pedófilos que buscaram tratamento afim de conterem seus desejos, assim como existem ocorrências de estupro de menores por pessoas que não tem fixação por crianças. Uma dos maiores impasses na busca do tratamento para quem tem pedofilia é justamente procurar ajuda e confessar seu problema, devido ao tabu que encobre a questão. Mas a necessidade de se combater a pedofilia não se dá somente por problemas que acometem os pedófilos, mas também às vítimas. A criança violada sofre danos permanentes em sua psique, devido ao trauma, o abusado muitas vezes se torna alguém depressivo ou mesmo psicótico, de acordo com Martin H. Teicher, professor de psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Harvard. Outro grande fator preocupante é que o violado se torne futuramente um abusador, criando um ciclo. Fica claro, portanto, que a pedofilia é um problema social complexo que precisa ser combatido. Para isso, é necessário a atuação do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Ministério da Justiça para tornar as leis e punições para aqueles que tenham posse ou compartilhem materiais de pornografia infantil, além de campanhas publicitárias por parte do MEC e do Ministério da Saúde que promovam a discussão do assunto em casa e nas escolas, além do incentivo à busca pelo tratamento dessa doença.