A pedofilia é um grande problema da sociedade moderna. Muitas notícias denunciam este quadro, algumas bastante chocantes, que causam indagações do papel de cada um na proteção das crianças e adolescentes. Sabemos que este não é um problema exclusivo da atualidade. Na verdade, a pedofilia sempre existiu. Todavia, é certo que a mesma revolução tecnológica que nos trouxe tanto conforto, ajudou a aprimorar a atuação de criminosos. Ao criar essas pessoas sem rosto, a internet ajuda a camuflar sua identidade, dificultando a identificação. Essas pessoas se aproveitam da versatilidade dos smartphones, tablets e notebooks, e entram em contato com crianças e adolescentes, expondo-as a riscos. Além desta comunicação perigosa, devemos lembrar o acesso facilitado que crianças tem por esses dispositivos a conteúdos pornográficos. Estatísticas mostram que 60% dos pedófilos não possuem qualquer parentesco ou proximidade com a vítima, que não raro está na faixa dos 7 a 13 anos de idade. Estes dados reforçam o funcionamento da internet como ponte a este tipo de crime. Neste cenário, torna-se essencial o controle dos pais ao uso da internet, como medida para diminuir a exposição dessas crianças a esse perigo. O diálogo com os filhos também é fundamental para criar a consciência do risco. Além disso, os pais devem estar de olho nos dispositivos de uso pessoal e estar atentos a mensagens suspeitas, de cunho erótico ou extremamente pessoais. Devido a grande dependência que temos hoje da tecnologia, sabemos que este controle não é tarefa fácil. Portanto, uma alternativa é a atuação conjunta do Estado e família para diminuir o tamanho do problema. O primeiro, como órgão regulador, pode criar medidas de inibição da atuação dos pedófilos em nível macro; e à família cabe dar atenção às crianças e controlar o uso das tecnologias no ambiente familiar.