Todos os dias cerca de vinte crianças são vítimas de abuso sexual no Brasil, sendo em sua maioria mulheres (80%) de sete a treze anos (68%). Os dados indicam que o combate à pedofilia tem se mostrado infrutífero tanto na aplicação da pena quanto nas políticas de investigação do criminoso. Segundo dados levantados no congresso nacional, o Brasil abriga cerca de 76% de todos os pedófilos do mundo, além de ter cerca de nove mil sites de pedofilia criados mensalmente. Já o numero de presos por tal crime não totaliza o sexto do total de criminosos, indicando a inocuidade da justiça com relação à aplicação da pena que ocorre de forma tardia e nem sempre segue os trajetos necessários para a conclusão do processo penal. Com o advento de novas tecnologias a inserção da sociedade no mundo virtual ocorre precocemente. Aproveitando-se disso, o criminoso passa a utilizar as redes sociais como ferramenta para persuadir e ludibriar crianças que usam a internet. Apresentando técnicas de enganação e oferecendo presentes, os pedófilos aproveitam-se da ausência de monitoramento no mundo virtual para lograr êxito em seu processo criminoso. Haja vista os dados apresentados, mostra-se necessária tanto uma reformulação na tipificação do crime de pedofilia, desenvolvendo os processos penais de forma eficaz e punitiva, quanto o investimento em ferramentas que propiciem aos pais das vítimas e aos órgãos competentes um monitoramento eficiente nas redes que apresentam grandes taxas de pedofilia, aumentando assim a segurança da informação como forma de diminuir o número de vítimas deste crime.