É característica marcante da sociedade moderna, o exponencial crescimento da rede contatos, resultado principalmente do intenso tráfego de informações que acomete a maioria das atividades humanas. Certamente, inúmeros benefícios foram trazidos à população por meio deste crescimento, entretanto, muitas atividades ilícitas também se multiplicaram e se aparelharam , dentre elas, a pedofilia. O rápido crescimento das redes sociais tornou difícil o controle e o gerenciamento dos perfis dos usuários, fazendo com que indivíduos mal-intencionados, por meio de perfis falsos, seduzam crianças e adolescentes, além de induzirem as mesmas à produzirem conteúdo pornográfico. Não que antigamente a pedofilia não existisse, mas, protegidos pelo anonimato e incentivados pela facilidade de agir pela rede virtual, os pedófilos de hoje provavelmente necessitam de bem menos ousadia que em tempos passados. O acesso à internet, cada vez mais precoce, é pouco fiscalizado pelos pais, que acreditam que estabelecer controle para certos tipos de atividades é sinal de atraso e excesso de conservadorismo. Sendo assim, o número de crianças e adolescente expostas à possibilidade de violência sexual cresce silenciosamente, e se consumado o abuso, ainda existem boas chances de impunidade, visto que, apenas 7,5% dos casos de violência sexual são registrados em delegacia, segundo a Pesquisa de Vitimização. É preciso entender que a grande arma dos pedófilos é a curiosidade e a inocência das crianças, posteriormente transformadas em culpa e medo por meio de um ato pouco consciente. Para combater a pedofilia é preciso, principalmente, que os pais controlem o acesso à internet, por meio da restrição do uso em certos horários ou até mesmo pagando mensalmente um software de bloqueio de endereços eletrônicos. Os estados, por meio da Secretaria de Segurança Pública, devem investir mais no aparelhamento e no crescimento da perícia criminal estadual. Por fim, o governo, por meio do Ministério das Comunicações, precisa difundir este assunto nas redes sociais, e incentivar os pais a adotarem medidas cautelosas que evitem seus filhos de entrarem em contatos com indivíduos estranhos e potencialmente perigosos.