Título da redação:

Abuso sexual de menores: Um problema político e social

Tema de redação: O desafio do combate à pedofilia no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 04/10/2018

A gravidade do abuso sexual infantil tem despertado a atenção da sociedade brasileira e chamado a atenção do poder público para a notoriedade da questão no Brasil. Porém, ainda que reconhecida a importância de superar esse impasse a fim de que o país avance, essa problemática persiste em decorrência, sobretudo, de fatores políticos e sociais. Por isso, medidas cujo objetivo seja reverter esse quadro são necessárias. Convém ressaltar, a princípio, que a má formação socioeducacional fomenta a permanência do abuso sexual infantil. Essa realidade fica refletida na dificuldade de denúncia, que é fortalecida pela inexistência de debate sobre sexualidade no ambiente escolar e pela falta de assistência psicológica, social e jurídica aos alunos, uma vez que esse sistema é básico e deficitário. Essa conjuntura de acordo com o contratualista Jhom Locke, configura-se uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre a função de garantir a proteção e a integridade dos menores. Esse cenário, infelizmente, evidencia a fragilidade das políticas públicas para a prevenção da pedofilia, o que é nocivo aos menores, pois podem ter sua infância comprometida e desenvolver vários transtornos emocionais. Outrossim, é necessário pontuar que a lenta mudança de mentalidade social, amparados pelo conservadorismo, compromete a prevenção da pedofilia. Esse quadro pode ser ilustrado com os ataques facistas feitas por cidadãos contra o museu de arte moderna, acusado injustamente de fazer “apologia à pedofilia” por trazer a exposição de um artista nu. Essa alienação é preocupante, na medida em que as manifestações artísticas, que são ferramentas importantes as quais contribuem com a formação do senso crítico, são impedidas de exercer a sua função social, além de evidenciar o despreparo da população com a temática. Desse modo, restringir o debate sobre a erotização infantil pode criar um ambiente favorável para novos abusos e neutralizar a relevância que possui. Fica evidente, portanto, a urgência em coibir essa preocupante realidade. Para isso, é fundamental que o Poder Público desenvolva a melhoria no sistema educacional, por meio da contratação de profissionais qualificados que ofereçam o atendimento psicológico, social e jurídico, objetivando fortalecer os mecanismos de denúncia. Além disso, é imprescindível que a Escola promova o debate sobre a sexualidade no ambiente escolar e sobre a importância da prevenção dos abusos de menores, por intermédio de palestras, debates e trabalhos em grupo que envolvam a família, a respeito desse tema, visando ampliar o debate sobre o tema. Logo, será possível reverter essa situação.