O avanço da tecnologia é algo inevitável, além de fundamental para o desenvolvimento da sociedade. Porém, essa evolução também oferece ferramentas e meios que quando mal utilizados implicam consequências indesejáveis. Exemplo disso é a pedofilia, um problema antigo que, com o avanço tecnológico, se tornou um desafio ainda maior a ser combatido e propõe questionamentos de como controlar a oferta de tecnologia a crianças sem prejudicar o desenvolvimento infantil. No Brasil, os meios e ferramentas de comunicação ficam cada vez mais práticos e instantâneos a cada ano, as formas de relacionamento à distância ficaram mais acessíveis. Entretanto, o acesso a essas tecnologias não se restringe ao público adulto. Assim, o número de crianças e adolescente com acesso à internet cresce, aumentando assim a exposição dessas crianças a conteúdos adultos, pornografia, informações de todos os tipos e principalmente ao contato com pessoas mal intencionadas. Dessa forma, casos de pedofilia tornam-se muito comuns na internet, visto que, nesse ambiente, esse ataque se propõe de forma anônima e se valendo da inocência da vítima. Além disso, outro fator que contribui e possibilita os ataques de pedófilos é a falta de acompanhamento dessas crianças pelos pais no momento em que elas estão conectadas. É evidente que a oferta de tecnologia exagerada e sem controle não contribui para um desenvolvimento saudável, entretanto, limitar o acesso a recursos de comunicação e informação como a internet para evitar casos de pedofilia também não é o caminho mais eficiente, já que casos de exploração infantil também ocorrem fora do ambiente virtual. Segundo a 4ª Delegacia de Repressão à Pedofilia do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), boa parte dos casos envolvem parentes próximos da vítima, o que comprova que o crime de pedofilia não se restringe à internet e a pessoas fora do ciclo de convívio das vítimas. Assim, deve-se buscar uma maneira de proliferar o conhecimento e as facilidades do mundo atual de modo que se assegure a proteção infantil. Portanto, Devem ser levadas em consideração todas as formas possíveis de contatos com crianças, sejam na internet, escolas, em casa, ou até mesmo na rua, a fim de prevenir casos de pedofilia. Além disso, o acompanhamento por parte dos pais é fundamental buscando sempre saber com quem seus filhos conversam, o que pesquisam e quais páginas visitam. Dessa forma, será integrado o instinto de curiosidade das crianças e o poder da tecnologia sem que o desenvolvimento seja prejudicado. E, finalmente, preocupar-se também com a punição justa e merecida para quem se beneficia da inocência das crianças.