O padrão de beleza na sociedade sempre procurou estar acessível aos mais favorecidos economicamente. Durante a Idade Média, por exemplo, bonito era estar acima do peso, visto que havia a escassez de alimentos e apenas a nobreza e o alto clero ostentavam com banquetes e desperdícios. Atualmente, embora ainda existam bolsões de fome, o avanço tecnológico possibilitou uma democratização do alimento, logo, o padrão de beleza, hoje, consiste em ser magro e saudável. Assim como ocorria na cultura medieval, a beleza apenas é alcançada por um alto padrão de vida. A facilidade do acesso ao alimento surgiu graças a entre outras coisas, uso de agrotóxicos e de transgênicos. No entanto, o produto mais artificial é, também, o mais barato. Fato que torna aos olhos dos trabalhadores brasileiros muito atrativo. Contudo, não só os alimentos orgânicos(sem uso de inseticidas ou modificados geneticamente) têm uma má imagem, como são mais caros. A indústria de alimentos menos saudáveis compensam uma má tabela nutricional com uma campanha publicitária muito forte. A Coca-Cola, por exemplo, apresente inúmeros malefícios, mas continua sendo o refrigerante mais popular do mundo, devido à uma propaganda muito convincente. Além do mais, a cultura brasileira permanece com traços culturais que incentivam o sobrepeso. Isto é muito visível, principalmente, nas gerações mais velhas. Todavia, esse quadro indica uma falta de instrução sobre nutrição e remete-se a uma circunstância de carência no sistema educacional brasileiro. Tal situação é muito cômoda à indústria de alimentos que lucram com essa alienação. A exemplo dessa alienamento, em 2015, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo cunha, aprovou a retirada do símbolo de produtos transgênicos para que a população não soubesse qual marca possui ingredientes alterados geneticamente e fosse cativada pelos baixos preços dos transgênicos. Em resumo, embora os brasileiros não procurem o hábito de uma alimentação saudável, ele é um luxo para poucos. O Governo, ao garantir na Constituição a saúde, deve se preocupar, também, com a alimentação da população. Sendo assim, políticas de barateamento de produtos orgânicos, assim como de incentivo a produção familiar, combate a uso de produtos químicos e geneticamente modificados, o retorno do uso do aviso a alimentos transgênicos, devem ser adotados pelo governo federal. É interessante, também, que por parte dos governos locais haja o investimento na educação, com aulas de consciência alimentar e introdução a alimentos saudáveis, colocando frutas nas merendas, por exemplo. A mídia, por sua vez, deve tentar abordar esse tema e dar preferência a propaganda de produtos mais saudáveis.