“Para quem tem uma boa posição social,/falar de comida é coisa baixa”, o excerto de Bertolt Brecht, dramaturgo e poeta, retrará a realidade hodierna. Com os hiperbólicos preços dos alimentos naturais, a procura por lanches rápidos, além da abundância em teor calórico, exsurge nos mercados e quiosques com preços acessíveis a todos, tornou-se incessante. Nesse âmbito, o fator elementar para o consumo desmoderado é o advento das indústrias dos “fest food”. Nas propagandas, a associação de felicidade com o consumo de alimentos com elevados teores de sódios, carboidratos e gorduras saturadas, os quais, quando consumidos de maneira descomedida, podem desencadear doenças, como obesidade e ataques do miocárdio, é um dos fatores para a má alimentação. Por conseguinte, analisando a perspectiva do indivíduo que opta por uma alimentação que diverge da estabelecida por nutricionista, nota-se que, não só a persuasão da mídia está presente, mas também os preços dos alimentos naturais que, na maioria das vezes, torna-se inacessível ao bolso do consumidor. Nessa perspectiva, infere-se que, a alimentação saudável é, principalmente, pelo fato preço-consumo, um luxo para poucos. Destarte, medidas são imprescindíveis para resolver o impasse. Desse modo, o Estado, a fim de exteriorizar a boa alimentação e dinamizar os índices de obesidade e pressão alta, deve taxar alimentos cuja composição compromete à saúde da sociedade. Ademais, se faz mister a União, em parceria com os produtores rurais e os representantes de cada Município, a redução dos tributos dado aos alimentos de origem orgânica, com o objetivo de fazer estes se tornarem frequentes no hábito alimentar brasileiro. Por fim, a ABERT (Associação Brasileira de Rádio e Televisão), juntamente com verbas estatais, deveram aduzir, com propagandas, as solenes melhorias que exsurgirão com a aquisição de uma rotina alimentar de origem natural, pois, dessa forma, o acesso à alimentação saudável não será restrito aos indivíduos com boa posição social.