A alimentação condiciona a união em lares e o desenvolvimento e preservação da vida; entretanto, em muitos países como o Brasil, a fome extrema foi vivenciada entre as décadas de 1960 a 1990, sendo atenuada através de programas governamentais. Atualmente, após o desenvolvimento agrário, a alimentação adquiriu novas características, sendo influenciada pelo termo "fitness", o qual promove a busca por uma alimentação saudável; no entanto, esse modo de vida não é aplicável a todos, visto as problemáticas mundiais. O capitalismo pode ser visto como cofator na proliferação de alimentos de rápido preparo e baixo custo, denominados "fest- food". A ingestão diária desses produtos industrializados acarreta no avanço de doenças crônicas, como a diabetes, a hipertensão e a obesidade. Segundo o panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina, "mais da metade da população brasileira está com sobrepeso e a obesidade já atinge 20% das pessoas adultas". Para conter esse avanço, programas midiáticos criam incentivos a prática de exercícios físicos e a implantação da alimentação saudável. Apesar de requerer tempo e dedicação, os hábitos saudáveis contêm vastos benefícios, como a prevenção de doenças, o bem-estar, a longevidade, entre outros indicadores. No entanto, esse estilo de vida, é inacessível no continente africano que sofre pela escassez de alimentos. Questões como a seca, as guerras civis, as restrições à ajuda humanitária e o caos político, resultam na maior crise de fome deste século, decretada pela Organização das Nações Unidas (ONU). A região denominada Chifre da África, a qual é formada por vários países, como a Etiópia, Quênia e Somália, contém cerca de 12,5 milhões de pessoas sem acesso aos mantimentos. No Brasil, a fome também atinge regiões periféricas dos grandes centros. Devido a crise econômica, o desemprego e o aumento da inflação, ficou ainda mais difícil ter acesso a alimentação básica. Em Pernambuco, foi implantado o programa "Telhado Verde", o qual tem por objetivo, criar hortas com enorme variedade de alimentos que após cultivados são distribuídos a toda a comunidade de baixa renda. Diante desse cenário nutricional é possível afirmar que, a distribuição de alimentos no mundo é desigual, seja por fatores econômicos, políticos ou naturais; no entanto, é possível conter esse quadro, através de políticas públicas e privadas que incentivem o não desperdício de alimentos, o investimentos em hortas comunitárias e a doação de cestas básicas aos países emergentes, entre outras ações. Desta maneira,tais fatores podem conduzir a um ambiente igualitário; visto que não é preciso tornar a alimentação um artigo de luxo para se te uma vida saudável, é necessário apenas consciência de adquirir o essencial.