Desde o período pós Segunda Guerra Mundial os alimento processados têm ganhado a preferência dos consumidores. Atualmente, no Brasil, não é diferente, pois esses têm suplantado o consumo de mantimentos saudáveis. Nesse contexto, nota-se que a preferência dos alimentos industrializados é a principal barreira contra uma dieta salutar, sendo que essa é acessível e dar-se-á com a mudança de hábito alimentar dos brasileiros. Essa mudança de paradigma consiste em optar por alimentos nutritivos em detrimento dos processados. Nessa perspectiva, o consumidor ao entrar no mercado compra primeiro os mantimentos orgânicos e o dinheiro remanescente fica destinado a aquisição dos demais. Hoje, ocorre o avesso, o cidadão prioriza os alimentos industrializados quando dentro do supermercado ou nos momentos que sai para comer. O brasileiro deixa sua residência para ingerir pizza, fast-foods e beber cerveja. Poucos saem para degustar frutas e verduras, exacerbando o mal hábito alimentar. Outra questão relevante, é que boa parte dos que consomem os processados defendem que esses sejam mais baratos. Contudo, esse argumento não procede, em primeiro plano porque produtos como bebidas alcoólicas, massas e carnes representam os maiores gastos alimentícios. Além disso, existem as feiras, que reúnem diversos vendedores de mantimentos orgânicos com baixo preço. Na cidade de São Paulo, essas ocorrem em vários bairros e atendem a milhares de paulistanos que buscam adquirir alimentos benéficos com os melhores valores. Subentende-se, portanto, que a alimentação saudável, é uma escolha, sendo fundamental que a sociedade brasileira privilegie a aquisição dos não processados. Diante do exposto, o Ministério da Agricultura pode auxiliar a mudança do consenso alimentar, por meio de propagandas televisivas que despertem o interesse pelos produtos do campo. Essas propagandas devem atrelar figuras famosas aos vegetais, como atores e personagens de desenhos infantis, a mesma estratégia utilizada pela indústria de alimentos processados.