De acordo com recentes estudos, o brasileiro está consumindo alimentos que, em geral, não são recomendados para uma dieta saudável. Ainda que cientes dos males causados por refeições desregradas, a população insiste em evitar alimentos recomendados pela comunidade científica. Tal situação é ocasionada primeiramente pela desídia que muitos brasileiros tem em relação à saúde, também sendo o baixo custo de alguns alimentos não saudáveis um fator que atrai ainda mais os consumidores. Inicialmente, há que se considerar que a rotina do cidadão brasileiro acaba por acomoda-lo no momento da escolha de sua refeição diária, sendo mais fácil adquirir um produto industrializado em um estabelecimento comercial do que se preocupar em gastar seu precioso tempo do dia em uma feira selecionando frutas e legumes. Verifica-se então que muitos brasileiros não pensam nas consequências que uma alimentação irregular pode causar a longo prazo, se preocupando apenas com o imediatismo. Em outro aspecto, não há que ser ignorado o comparativo de custos entre um produto industrializado, portanto produzido em escala, com um alimento natural ou que contenha ingredientes mais saudáveis e raros de serem encontrados nas prateleiras dos supermercados. Fato é que o acesso a um alimentos mais barato, em muitos casos, acaba sendo mais atrativo para o consumidor, mesmo tendo ciência de que não se trata da opção mais saudável, a satisfação no bolso acaba levando vantagem. Neste sentido, considerando que o cidadão já é informado o suficiente para distinguir os produtos que melhor corroboram com o seu bem estar, deveriam os mecanismos estatais de controle da economia implementarem medidas para incentivar a produção e consequente barateamento de produtos mais saudáveis, sendo a aplicação de isenções fiscais um importante instrumento para que os índices de pessoas acometidas por doenças relacionadas à má alimentação venham a diminuir.