A análise do processo de formação sociocultural do Brasil mostra uma intensa utilização de práticas e recursos agrícolas em considerável parte do território nacional, dando-lhe, desta forma, características de um país ruralizado. O século XX fora marcado pela agricultura de subsistência, a qual contribuiu positivamente para com a movimentação da economia interna e aumento do PIB, e pela introdução de cidadãos europeus - modificando hábitos e costumes regionais. As políticas desenvolvimentistas da segunda metade do mesmo século difundiram a ideia de globalização, e como consequência refletiu numa expansão do mercado industrial. Atualmente as bases que compõem a estrutura alimentícia brasileira encontram uma maior demanda justamente no setor dos industrializados, privilegiando a adesão cotidiana de alimentos processados. Esta mudança relaciona-se com o modo de viver da população das classes menos privilegiadas, a qual vê-se cada vez mais pressionada pela ausência de tempo, apatia e esgotamentos físico e mental decorrentes da instabilidade econômica e oscilações no mercado de trabalho. A busca pela praticidade rotula a sociedade contemporânea como imediatista e mediadora de hábitos negativos e não saudáveis. Por outro lado, o setor agrícola tornou-se submisso do uso de defensivos agrícolas ligados ao desencadeamento de riscos a saúde humana. A maneira mais eficaz de conscientização a respeito das interferências alimentares nos processos metabólicos e suas implicações no bem-estar da população é através do acesso a informação, seja por intermédio de recursos de telecomunicação, assistência escolar, ONG's etc, auxiliadas por políticas públicas e financiamentos estatais, onde faz-se extremamente necessária a capacitação de profissionais para lidar com tais perspectivas, explicitando métodos e produtos alternativos para modificar o modo consumista equivocado.