Alimentação saudável é aquela que integra nutrientes de forma equilibrada, a fim de satisfazer as necessidades do corpo. Comer de forma saudável, apesar de ser um hábito, pode representar desafios para a população menos favorecida, por esse motivo, os maiores índices de subnutrição são encontrados em países da África. O custo de frutas, verduras e legumes é muito superior ao de carboidratos simples, levando as pessoas mais pobres a preterir aqueles. Isso decorre da falta de interesse do governo em subsidiar os pequenos produtores, dando mais importância à agricultura voltada para o mercado externo, que recebe 75% dos financiamentos governamentais. Desse modo, a produção familiar, a qual abastece a população brasileira, sofre com a falta de incentivos, que poderiam ajudar no aumento da produtividade e redução dos preços dos gêneros alimentícios. Os produtos orgânicos também têm custo acima dos demais, cultivados com pesticidas, que se acumulam no organismo, causando danos à saúde. Além disso, as pessoas com menor formação acadêmica, normalmente as que apresentam baixa remuneração, são mais influenciáveis pelas propagandas midiáticas. Estas estimulam o consumo voraz de comidas industrializadas, que contêm açúcar e gordura em excesso, mas poucos nutrientes, fator que propicia a obesidade e mascara a subnutrição. Para que a alimentação salutífera se torne um hábito acessível, o governo deve priorizar o apoio à agricultura familiar e regulamentar a quantidade de agrotóxicos que pode ser utilizada nos alimentos, a fim de mantê-la em níveis seguros. Já a sociedade civil deve se mobilizar para desenvolver alternativas saudáveis e de baixo custo, como hortas comunitárias, e deve também escolher sempre refeições naturais para não ser controlada pela mídia.