Título da redação:

Alimentação saudável: uma necessidade preterida

Tema de redação: O desafio da alimentação saudável: luxo para poucos ou hábito acessível?

Redação enviada em 06/06/2017

Uma das maiores autoridades na atualidade no campo da nutrologia, o médico cardiologista e nutrólogo, Dr. Lair Ribeiro, tem-nos alertado, por meio de suas pesquisas científicas, quanto aos malefícios para a saúde de uma má alimentação. De acordo com suas publicações, deveríamos repensar bem a supervalorização da praticidade e comodidade na hora da alimentação, em detrimento de uma alimentação saudável. Nesse sentido, ele nos alerta que o uso de micro-ondas no preparo de alimentos não é recomendado, pois reduz drasticamente o valor nutricional deles. Adverte-nos ainda que, refrigerantes, sorvetes, massas à base de trigo, que contém glúten (biscoitos, macarrão, dentre outros), açúcar branco e sal refinado, hortaliças cheias de agrotóxicos, embutidos e alimentos industrializados em geral, como fast foods, são alimentos maléficos para a saúde, que contribuem para a epidemia global de obesidade e diabetes. Mas será que há um modo de alimentação saudável e acessível a todos? A nutrologia tem-nos ensinado que o correto seria fazermos o preparo de nossas refeições, evitando alimentos maléficos, preditores da obesidade. Uma boa opção seria escolher, sempre que possível, vegetais orgânicos, óleo de coco ou banha de porco -já que não são submetidos ao processo de hidrogenação-, sal marinho integral, não processado, e evitar ao máximo o açúcar branco e o glúten. A monotonia alimentar, - que é o hábito de comer quase a mesma refeição todos os dias, como por exemplo: arroz, feijão, bife e batatas fritas; muito comum em muitos lares do país-, também deve ser evitada. Como os alimentos orgânicos e mais saudáveis geralmente são mais caros, para que uma alimentação saudável se torne hábito e seja acessível a todos - e não apenas luxo para poucos - faz-se necessária uma conscientização das pessoas quanto aos benefícios advindos dela. Um deles é a prevenção do câncer de mama e de próstata, obtida com uma atitude simples: a ingestão periódica de crucíferas - repolho, couve e brócolis -, aliada a uma variabilidade alimentar na escolha dos alimentos saudáveis. Quanto à acessibilidade a esse modo saudável de alimentar-se, uma política pública de sua universalização faz-se necessária. Nesse sentido, deveriam ser criados programas de saúde preventiva, com foco na importância de uma alimentação saudável como forma de ter, manter e aumentar a qualidade de vida. Ações sociais, como campanhas veiculadas em meios de comunicação, deveriam ser uma prioridade na gestão da saúde pública, incentivando as pessoas a produzirem alimentos orgânicos, melhorando assim suas refeições. Para tanto, poderia haver a difusão de conhecimentos técnicos para o cultivo doméstico de hortaliças, frutas e verduras orgânicas, por parte da Secretaria do Meio Ambiente do município. Por fim, subsídios como o fornecimento de fertilizantes orgânicos, poderiam ser obtidos com o tratamento dos resíduos sólidos do município e destinados às pessoas que aderissem a esta realidade alimentar: alimentação orgânica e saudável. Nos tempos atuais, essa "inteligência alimentar", é sinônima de ser previdente e inteligente, pois, como diz o Dr Lair Ribeiro "Aquele que não tem tempo para cuidar de sua saúde terá que arranjar tempo para cuidar de sua doença".