Desde o limiar do século XVIII com a Revolução Industrial e a ascensão do capitalismo, o mundo vem demasiadamente priorizando produtos e mercado em detrimento de valores humanos essenciais. Nesse mesmo sentido, convém analisar os principais "porquês" da alimentação inadequada de muitos brasileiros, haja vista os prejuízos que esses hábitos têm causado à sociedade brasileira. Em primeira análise cabe pontuar que, segundo pesquisas feitas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apenas um terço das 215 famílias entrevistadas consumem alimentos saudáveis regularmente. Somado a isso, é indubitável dizer que os preços de frutas e hortaliças são, muitas vezes, o dobro do valor de um "fast food", isso acarreta diversas consequências, uma delas é aumento dos danos a saúde, principalmente de crianças, visto que são os maiores consumidores de alimentos processados. Ademais, convém salientar que para Émile Durkheim, o indivíduo só poderá agir na medida em que aprender a conhecer o contexto em que está inserido, a saber quais são suas origens e as condições de que depende. Sob tal ângulo, pode-se proferir que o ser humano está condicionado a adquirir produtos industrializados devido ao marketing excessivo das indústrias e a necessidade de seguir "padrões" impostos pela sociedade. Destarte, faz-se importante dizer que a mídia e o mercado tornam a dieta dos brasileiros empobrecida em nutrientes e trazem malefícios a saúde. Infere-se, portanto, que medidas efetivas são necessárias para atenuar a problemática. Primeiramente, a mídia precisa divulgar campanhas para incentivar o consumo das crianças por alimentos saudáveis. Além disso, a Receita Federal - responsável pela arrecadação de impostos - deve investir parte desse capital em feiras ecológicas para que o produto se torne mais acessível financeiramente para o consumidor. Assim, poder-se-à afirmar que o Brasil proporcione mais qualidade de vida a população.