Título da redação:

Além do valor calórico

Tema de redação: O desafio da alimentação saudável: luxo para poucos ou hábito acessível?

Redação enviada em 04/02/2017

Desde os primórdios da humanidade, a alimentação figura entre os tópicos mais importantes da vida. Na Pré-história, durante o período paleolítico, a dieta se baseava no consumo de frutas da estação e carnes cruas. No neolítico, com o advento do fogo, o cardápio tornou-se mais abrangente e continuou a evoluir, até o que, hoje, se encontra na mesa das famílias. O Brasil é um país de grande diversidade alimentícia. São inúmeras as opções de frutas, legumes e verduras que o brasileiro tem à disposição no cardápio. Essa diversidade, no entanto, encontra um obstáculo para chegar ao consumidor: o preço. É comum que se veja, por exemplo, um jovem universitário a optar por um biscoito recheado, ao invés de uma fruta, em virtude do custo. Assim, o fator econômico apresenta-se como um empecilho para que indivíduos de menor poder aquisitivo tenham acesso a uma alimentação saudável. O fator tempo também precisa de atenção ao se falar na questão alimentar do brasileiro. Hoje, grande parte da população desenvolve atividades fora de casa, muitas vezes por todo o dia, o que implica na realização de mais refeições fora do lar. Dessa forma, e somado a grande oferta de industrializados, a pessoa tende a optar por alimentos menos saudáveis, sob a desculpa de ser mais prático e cômodo. A mídia também atua como grande influenciadora nessa problemática. A oferta de alimentos industrializados e fast-foods está o tempo inteiro dentro do lar da família brasileira. As crianças crescem com a ideia de que o artificial é mais divertido, associando-o perigosamente a momentos de lazer e bem-estar. Dessa forma, fica claro que a questão da alimentação saudável no Brasil vai além de uma discussão nutricional. É preciso que os indivíduos sejam educados a escolher o mais saudável, mesmo diante da enorme oferta de alimentos industrializados. Faz-se necessário, ainda, a aplicação de medidas econômicas que possibilitem o acesso de pessoas de menor poder aquisitivo a uma dieta mais natural, como, por exemplo, a redução no preço de frutas da estação. Assim, a população brasileira seria capaz de usufruir da diversidade alimentícia do país.