Com o advento da Revolução Verde, a mecanização no campo e desenvolvimento de técnicas agrícolas, propiciaram um aumento expressivo na produtividade. Entretanto, contrariando as leis de regulamentação de mercado de Adam Smith, a crescente na produção não ocasionou o barateamento dos produtos. Dessa forma, faz-se necessário analisar os fatores determinantes deste contexto, os quais se relacionam diretamente com a democratização da alimentação saudável. Inicialmente, com os avanços tecnológicos, pequenos produtores impossibilitados economicamente para aderirem aos novos insumos agrícolas, evadiram do campo e passaram a complementar o cenário urbano. Posteriormente, grandes latifúndios se formaram, caracterizando grandes monopólios agro econômicos, voltados, principalmente, para a exportação de produtos. Nesse ínterim, é importante salientar o principal objetivo da Revolução Verde: a erradicação da fome no mundo. Contudo, partindo de ideais capitalistas, o acúmulo de capital se sobrepôs, novamente, sobre os valores humanos essenciais. Paralelamente, pequenos produtores persistiram e comercializam seus produtos - na maioria das vezes - na respectiva região da produção, encurtando o caminho do setor primário ao terciário, e dessa forma, proporcionando valores de comércio mais acessível à parcela da população constituinte da base da pirâmide econômica. Entretanto, ainda de forma insuficiente, se comparado ao valor de mercado de componentes básicos de maior valor energético e maior rendimento. Dessa forma, evidencia-se a necessidade de democratizar o acesso de toda a população à condições alimentares mais saudáveis. Para isso, tornar-se-ia viável, a atuação do governo em representatividade do Ministério da Agricultura, em conjunto à Receita Federal, abatimentos do imposto de renda sobre o lucro, quando obtido de forma direta - primeiro: terceiro setores- com intuito de incentivo a prática. E assim, instituir aos poucos, uma alimentação mais saudável no cotidiano do brasileiro.