Muito se discute sobre o conflito entre drogas lícitas e ilícitas no Brasil, sobretudo, se o consumo é liberado para um lado, qual o impedimento de se legalizar o outro? Com base nisso, a lei antidrogas é clara e em seu artigo 28 deixa expressa a proibição de se usar entorpecente. Em primeiro lugar, ao se adentrar em um supermercado a população se depara com bebidas alcoólicas e cigarros sendo vendidos livremente. Inexoravelmente esses produtos causam diversas doenças, como, tuberculose, câncer, problemas respiratórios e etc., mas mesmo assim são comercializados em qualquer estabelecimento, só com o mínimo de controle estatal, em contra partida, as ditas drogas pesadas: cocaína, maconha, crack e etc., são repudiadas pelas autoridades por sua alta periculosidade de vicio e degradação. É importante notar, que ambas causam um deletério no sistema nervoso do usuário trazendo graves consequências. Em segundo lugar, como a venda de entorpecente é proibida, abre caminho para o comércio ilegal, o tráfico. Atualmente 24% das prisões são por tráfico, de acordo com o INFOPEN, pois a lei de drogas em seu artigo 44 proferiu que ninguém preso com substâncias ilícitas tem direito à liberdade provisória, assim superlotando as cadeias e induzindo ao chefe da quadrilha a recrutar cada vez mais jovens para trabalhar consigo, pois sabe que ao ser detido com entorpecentes, o menor de idade não fica nem um dia retido. É impossível negar que a droga causa danos ao usuário e o vendedor, sem distinção de classes sociais, raça ou etnia. Entende-se, portanto, que deve-se extirpar da sociedade tanto quem utiliza e comercializa drogas ilícitas. É imprescindível que o Governo Federal recrute antigos usuários e os convidem para ministrar palestras em escolas, proferindo como foi sua vida e como entrou nessa situação estarrecedora para conscientizar os jovens a não seguir esse caminho, e juntamente com as ONGs invistam nas crianças das comunidades carentes retirando-as da rua e do tráfico, fazendo-as praticar esporte e estudar.