Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 21/07/2017

Drogas, em um contexto legal, são substâncias psicoativas, pois agem no sistema nervoso central, provocando alterações no estado de consciência do indivíduo. Consumi-las, sejam elas lícitas ou ilícitas, pode gerar dependência, e é aí que mora o conflito. No Brasil, tem força a ideia de descriminalização progressiva das drogas ilegais, sob o argumento de que existem substâncias permitidas que trazem os mesmos efeitos e consequências, ou ainda piores, do que as proibidas. A ingestão de álcool é a principal causa de morte de jovens de 15 a 24 anos de idade em todas as regiões do mundo, conforme dados do Guia Prático de Orientação sobre o impacto das bebidas alcoólicas, lançado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Vê-se que, apesar de ser autorizada, se o Estado não manter mecanismos de controle preventivo, como fiscalizações de trânsito voltadas para o tema, o consumo desregrado pode produzir um grave problema social. Dessa forma, mesmo sendo de comercialização legalizada, se não controlada, afeta a sociedade de maneira geral. A Cannabis Sativa, vulgarmente conhecida como maconha, é a droga ilícita mais comumente usada no mundo. No Brasil, uma pesquisa sobre o uso de drogas feita pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) mostrou que mais de 3 milhões de adultos brasileiros com idades entre 18 e 59 anos fumaram maconha em 2012. Observa-se que o fato de ser ilegal não reprime, por si só, o seu consumo. Então, como sua proibição não retrai sua venda, seria adequado legalizá-la? Não seria menos oneroso ao governo, em vez de gastar milhões de reais no combate ao narcotráfico, possibilitar sua compra em nossos supermercados, ao lado de outros produtos, como a cerveja, que também pode causar os mesmos malefícios que a maconha traz? Tudo deve ser pontualmente analisado. Em relação às drogas lícitas, devem-se aumentar as ações governamentais já vigentes, como as fiscalizações de motoristas, por meio de bafômetros, e o endurecimento das penas a quem for flagrado dirigindo embriagado, por exemplo, para que o seu consumo associado à direção não se torne um problema ainda maior. Em relação às ilícitas, deve-se perguntar diretamente à população o que ela pensa, por meio de plebiscito. Porém, antes da votação, teríamos – como os debates presidenciáveis – debates televisivos, apresentados no horário nobre, com representantes pós e contra autorização, com a mediação do Presidente da República. Assim, poderíamos discutir os pontos de vista sobre a legalização e votá-los de maneira mais clara e consciente. Além disso, o investimento em programas como o PROERD para concientização em escolas é de extrema importância, informando o grupo de maior incidência de curiosidade sofre o assunto. Só assim, haverá transformações significativas nesse cenário.