No século XIX,eclodiu, na China, a Guerra do Ópio, conflito que teve como fator marcante os esforços do governo no combate ao uso dessa droga. De forma alarmante, ainda no século XXI grandes potências mundiais, como os Estados Unidos da América(EUA), declaram guerra às drogas. Destarte, fica possível perceber que os conflitos envolvendo tais substâncias, sejam elas lícitas ou ilícitas, não se restringe a uma nação ou época. Nesse sentido, é necessário analisar os fatores que permitem o enraizamento desse hábito nocivo na sociedade com o objetivo de combatê-lo. Em primeiro lugar, é preciso identificar esse consumo após séculos na sociedade. Nesse viés, continuamente o consumo de bebidas alcoólicas é exaltado pela mídia, por meio de propagandas que anunciam a comercialização de tais substâncias etílicas associando-as à diversão - legitimando o consumo do álcool. Concomitantemente ao uso de bebidas etílicas, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que 27 milhões de pessoas são viciadas em entorpecentes, como o crack e a maconha. Nesse âmbito, surge um hábito deletério que em "O poder do hábito", Charles Dunning caracteriza como um fator que estimula uma resposta no cérebro. Nesse caso, a resposta esperada é a fuga da realidade. Além disso, determinar a existência de grupos mais propensos ao uso de narcóticos é essencial para a tomada de medidas mais efetivas. Nesse contexto, associando-se ao ideário marxiano da economia como fator determinante da sociedade, indivíduos que possuem menor poder aquisitivo são mais suscetíveis a ser envolver com o consumo e tráfico de drogas. Outrossim, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo site da revista Época, os jovens também são mais vulneráveis ao vício. Desse modo, é preciso criar soluções para que essas tendências não se estendam às próximas gerações. Assim, portanto,é mister que haja um esforço conjunto para reverter o quadro. Cabe ao Ministério da Saúde com a Organização Mundial da Saúde e a ONU, criarem programas de reabilitação contando com a ajuda de universidades com objetivo de oferecer um tratamento interdisciplinar ao paciente em recuperação. Em conjunto a isso, a Secretaria de Educação com as ONGs devem criar, nas periferias, centros educativos, que ofereçam acesso à leitura e à prática de esportes, com a finalidade de prevenir que os jovens dessas regiões sejam cooptados pelo tráfico de entorpecentes. Por sua vez, a mídia deve divulgar campanhas, filmes e novelas que tratem sobre a temática e busquem alertar a população. Ademais, as escolas devem criar debates, discussões e feiras com a intenção advertir os jovens acerca do consumo de drogas. Logo, o primeiro grande passo para solucionar um problema atemporal será dado.