O objetivo do Supremo Tribunal Federal é ratificar ou não leis que possam permitir maior harmonia e organização social. No entanto, a legalização de drogas, como o álcool e o tabaco e restrição de outras, a exemplo da maconha e a cocaína, é paradoxal, visto que legais ou não, elas propiciam malefícios ao organismo do usuário e daqueles ao seu redor. Além disso, os prejuízos do consumo de drogas perpassam o metabolismo humano, já que afeta a manutenção dos sistemas econômicos e de saúde no Brasil. Nesse contexto, a existência de dorgas consideradas lícitas ocorre devido à produção de álcool e tabaco ser institucionalizada por empresas lideradas pela elite e, assim, o comércio de tal proporciona grande arrecadação via impostos. Em contrapartida, a produção de maconha, crack e cocaína, geralmente, é feita por grupos dominantes de comunidades carentes envolvidos no tráfico de armas e drogas. Desse modo, a organização desse sistema produtivo se torna inviável para o Governo, haja vista que sua introdução traria prejuízos aos traficantes, porque teriam que pagar impostos. Outro fator existente são os efeitos que o consumo de drogas legais e ilegais propicia ao organismo. O uso de maconha e anfetaminas estimula o Sistema Nervoso Central a secretar neurotransmissores relacionados ao prazer e bem-estar, como a serotonina e dopamina. Em adição, quando o efeito é atenuado, o indivíduo sente a necessidade de consumir mais substâncias e, assim, o usuário configura o vício. No entanto, ao ingerir bebidas alcoólicas, o etanol é metabolizado pelo fígado e se transforma em acetaldeído, composto tóxico ao sistema humano, o qual provoca perda de coordenação motora e sensação excessiva de relaxamento. Desse modo, é possível inferir que tanto as drogas ilícitas quanto as lícitas proporcionam a danificação do organismo. Ainda convém salientar as consequências que o consumo de drogas gera no sistema de saúde e econômico no Brasil. A manipulação de automóveis após o uso de álcool ou outra substância tóxica tem maior possibilidade de acarretar acidentes, visto que tais promovem a redução da velocidade dos reflexos e a desorientação, portanto haverá a sobrecarga de hospitais e clínicas pelas vítimas e pelos usuários que necessitam de tratamento. Além disso, o elevado número de consumidores de drogas provoca a diminuição na quantidade de mão de obra disponível, já que a maioria são jovens e adultos e, certamente, haverá a configuração de desequilíbrio na economia brasileira. Sendo assim, é essencial que o Governo Federal crie programas que incentive a adoção de estilo de vida saudável, por meio de campanhas e palestras ministradas, por médicos e nutricionistas, a fim de discutir os prejuízos que o consumo de drogas lícitas e ilícitas provocam ao organismo. Outras medida importante é a proibição, pelo Sistema Legislativo, da realização de propagandas nos meios de comunicação, pelas empresas de bebidas alcoólicas, com o objetivo de não amenizar o consumo de etanol e, assim, atenuar a sobrecarga do sistema de saúde. Por último, a Câmara dos Deputados deve considerar inúmeros efeitos que a legalização de certas substâncias podem gerar ao organismo humano, ao sistema público de saúde e à economia, por intermédio de discussões com diversos profissionais interligados nas áreas antes de descriminalizá-las, a fim de amenizar os efeitos que a ação pode acarretar.