A questão do consumo de drogas no Brasil é um tema que a tempos aflige a sociedade, criando uma bipolarização de opiniões, sendo que uma parte defende que a descriminalização e posterior liberação desses produtos poderia solucionar os problemas relacionados ao uso de drogas ilícitas, ao passo que outros grupos acreditam que essa não seria uma boa opção para o país. Para os que defendem sua liberação, tomam como prerrogativa que o consumo de drogas é um direito individual e não afeta o coletivo, mas na pratica não é bem assim, à exemplo das chamadas "Cracolândias", lugares onde se aglomeram centenas ou milhares de dependentes químicos sob situações degradantes de vida. Vale destacar que essas pessoas imersas no vício não causam danos somente para si, mas afetam psicologicamente suas famílias, além de estarem ocupando espaço público para uso e tráfico de drogas, ou seja, prejudica a sociedade como um todo. Outro ponto levantado pressupõe que com a descriminalização haverá diminuição do tráfico, fato que pode ser desmentido, pois, assim como bebidas alcoólicas e o tabaco, que mesmo sendo comercializados legalmente, não impediram que esses produtos continuassem circulando de maneira ilegal pelo país. Não existe atualmente nenhum exemplo de nação que obteve sucesso com tais medidas, fato evidenciado pelo Centro Europeu de Monitoramento de Drogas (EMCDDA), apontando que em locais como Portugal o tráfico aumentou, assim como o número de mortes por overdose. Portanto, cabe ao Supremo Tribunal Federal manter a criminalização de entorpecentes, como forma de conter o avanço dos problemas causados pelo mesmo, uma vez que provocam danos aos usuários e seus entes queridos, e especialmente ampliam as preocupações para o sistema de saúde pública. Campanhas e políticas públicas nas escolas e universidades também são medidas favoráveis para o conscientização da sociedade em relação aos perigos acarretados pelo uso de drogas.