Na sociedade contemporânea beasileira, o problema do consumo excessivo de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, tende a se tornar mais desafiador a cada ano, visto que, apesar dos esforços direcionados a repressão do uso e venda de substâncias ilegais, o número de usuários, e entre eles, os adolescentes, apenas aumenta. Dessa forma, faz-se necessário debater acerca do conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no País. Primeiramente, é importante destacar que, apesar de algumas substâncias serem ilícitas, ou seja, de consumo e venda proibidos, ambas as drogas lícitas e ilícitas causam danos ao organismo humano. O álcool, por exemplo, que consumido em alta escala pela população brasileira, pode causar cirrose, perda de memória e comprometimento da ordem motora quando usado em excesso. Além disso, segundo dados da Associação Brasileira de Estudo do Álcool e outras Drogas ( ABEAD ), pessoas alcoolizadas são responsáveis por 60% das mortes no trânsito e 72% dos homicídios. Não obstante, o consumo do álcool é socialmente aceito, e até incentivado pela mídia. O mesmo acontece com outras substâncias lícitas que causam danos a saúde, como o tabaco. Ademais, o consumo de drogas lícitas e ilícitas por jovens menores de idade tem se tornado cada vez mais com, por diversas razões, como a falta de outras formas de entretenimento, e a facilidade de obtenção. Ademais, a existência de drogas que são proibidas por lei acaba por fomentar o tráfico ilegal delas. O tráfico de drogas no Brasil gerou a formação de gangues que competem com o poder do Estado, aumentando a violência principalmente em centros urbanos. Outrossim, segundo dados do G1, após a promulgação da Lei das Drogas em 2006, o número de presos por tráfico aumentou em 480%. Atualmente, a cada 3 presos, 1 deles responde por tráfico de drogas. Tal aumento contribuiu significantemente para a superlotação do sistema carcerário brasileiro. Em suma, o proibicionismo do uso e venda de drogas ilícitas não mostra resultados positivos na erradicação do problema, sendo necessário buscar outras soluções, como a descriminalização de algumas substâncias, como por exemplo, a maconha. Que, mesmo atualmente sendo ilícita, é utilizada por centenas de brasileiros. Ante o exposto, é necessário buscar soluções para o problema do tráfico de drogas e do abuso de substâncias lícitas e ilícitas. Para tal, o Poder Público deve investir na conscientização da população, por meio de campanhas que mostrem as consequências do uso de drogas no organismo e para a sociedade, além de investir na educação pública. A sociedade como um todo deve buscar se conscientizar acerca do excessivo de drogas lícitas e ilícitas. Ademais, a descriminalização de certas substâncias pode ser uma solução viável para a diminuição da violência e superlotação de prisões.