Título da redação:

O individualismo como saída

Tema de redação: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 05/08/2017

Parafraseando o filósofo Jean Paul Sartre, esse afirmava que a maior responsabilidade da humanidade é a liberdade. Assim sendo, a classificação de uma droga em lícita ou ilícita, pelo Estado, a partir de fatores desconhecidos à sociedade, faz com que a liberdade do ser humano seja limitada. Dessa forma, é gerada uma discussão entre a defesa do livre consumo de entorpecentes e a soberania do Estado, o qual alega defender a sua população. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmam que drogas ilegais correspondem por 0,8% dos problemas de saúde no mundo, enquanto as legais por 8,1%. Com isso, fica evidente que para um entorpecente ser legalizado não é relevante o risco que esse pode fornecer à saúde, mas sim o valor econômico que vale, ficando explícito, que para o Estado, o bem-estar social não é crucial, mas sim a vontade do capitalismo. Outro fator que possibilita este conflito é o poder da mídia em "disfarçar" os verdadeiros efeitos que drogas lícitas fornecem à saúde. Tem- se, como exemplo, a popularização do cigarro a partir da difusão dos filmes norte-americanos, o qual era marca. Porém, nos dias atuais, o tabaco não possui a mesma apreciação de antes, devido o conhecimento, por uma grande parcela da sociedade, quantos aos malefícios desse, demonstrando, logo, que a influência da mídia, em "moldar" padrões, se ampara na ausência da informação. Em virtude dos fatos mencionados, fica explícito a necessidade de estabelecer fatores que sejam condizentes à especiação de drogas a fim de prevalecer o bem-estar. Assim sendo, cabe ao Governo Federal, a partir do plenário, a discriminalização de entorpecentes, como a maconha, acompanhada de uma fiscalização do Estado, com o controle quanto aos pontos de venda e à quantidade consumida, como também uma fiscalização rigorosa em relação à mídia, por meio de órgãos responsáveis. Com isso, tem-se a possibilidade de tornar o consumo das drogas uma decisão individual, o qual a responsabilidade do “eu” é o necessário.