A legalização da maconha no Uruguai em 2013 aliada a posição de Eduardo Jorge, candidato a presidente em 2014, ajudaram a aquecer o debate sobre as drogas no cenário nacional. Os principais argumentos que mantem esse debate é que não só as drogas licitas fazem mal, mas também a legalização, em especial da maconha, acarretaria em diversos benefícios sociais. É possível afirmar que não existe um motivo claro do porquê uma droga é lícita e outra não. Fato é que as drogas legais causam bem mais problemas que as conhecidas drogas ilícitas. O álcool, por exemplo, mata mais que qualquer outra droga. O tabaco, por sua vez, é fonte de diversos problemas sendo a pior delas o câncer, sem contar de que a nicotina, substancia presente em sua composição, é extremamente viciante. Com isso, as drogas legais sobrecarregam, o já sobrecarregado, sistema público de saúde. Outrossim, o debate entre as drogas legais e ilegais aponta que a legalização da maconha traria diversos benefícios para o país. Nos Estados Unidos, por exemplo, o mercado legalizado da maconha movimentou cerca de U$$ 5,4 bilhões. No Brasil, estimativas da revista exame, apontam que haveria um arrecadamento de até R$ 6 bilhões em impostos, além de R$ 1 bilhão no sistema prisional. Muitos também são aqueles que acreditam que a legalização dessa droga também é a chave para a redução do tráfico, entretanto, percebe-se que essa afirmação não é de total verdade, uma vez que o ano de 2016 no Uruguai representou o ano de maior apreensão por tráficos de drogas mostrando, portanto, que a legalização não se conecta necessariamente com a diminuição do tráfico ou redução da violência. Logo, percebe-se que não existe lado certo ou errado nesse debate e que a legalização ou não de drogas hoje consideradas ilegais trará tantos pontos positivos quanto negativos para a sociedade. Portanto, medidas são necessárias para que independente de qual lado seja o vencedor a população brasileira sai ganhando. O ministério da educação deve incentivar cada vez mais o debate sobre esse tema nas escolas, para que os jovens possam entender os malefícios que todas as drogas, legais e ilegais trazem para a sociedade.