A partir da guerra fria, as indústrias químicas passaram a produzir grandes quantidades de novas substâncias, sendo algumas destas com capacidades alucinógenas. Ademais, também ocorreu uma evolução nos meios de transportes que facilitaram a logística de distribuição mundial dessas. E é nesse contexto, que se torna importante debater sobre a legalização dessas drogas no Brasil. Em primeira analise, é importante salientar que quando o álcool era tratado como algo ilícito nos Estados Unidos, o crime organizado governava algumas regiões. Porém, como o Estado não conseguia controlar essas áreas, ele a legalizou obrigando assim os traficantes a se adaptarem as novas regras, o que levou a diminuição da criminalidade. Nesse cenário, o Brasil também possui o mesmo problema com drogas como: maconha e cocaína. Entretanto, como o nosso código penal criminaliza a sua venda, o seu comércio se torna lucrativo para as grandes facções. De acordo com uma matéria publicada no Jornal Folha, no Rio de Janeiro, devido a essa atividade os traficantes ganharam mais poder do que o próprio Estado. Além disso, eles acabaram por assumir tarefas, como segurança e infraestrutura, que seria de responsabilidade da municipalidade, fazendo assim com que a comunidade dependa deles, acarretando assim em uma proteção por parte da população. Alias, também é importante salientar que essa mesma fonte de informação publicou que grande parte de cidadãos em reclusão por trafico de drogas são usuários e não traficantes. Nesse sentido se faz importante que o Tribunal de Justiça descriminalize essas substâncias, se isso for feito, o sistema carcerário terá uma redução populacional, retirando assim aqueles que as usam de forma recreativa. Além do mais, com a regularização a Receita Federal passaria a arrecadar impostos e os grandes traficantes perderiam os seus postos de poder, assim como ocorreu nos Estados Unidos. Se tudo isto for feito, a criminalidade causada pelo tráfico ira diminuir.