Título da redação:

Legalizar não é incentivar

Tema de redação: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 29/08/2017

As drogas lícitas e ilícitas são um problema que aparenta não ter fim, levando-nos a questionar qual é a melhor resposta para tal. Uma opção é a legalização total, ela amenizaria muitos efeitos negativos e traria lucro ao Estado, mas não é uma solução completa. O álcool é a principal causa de morte entre jovens de 15 a 24 anos de idade em todas as regiões do mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), sendo que o seu consumo por menores de 18 anos já é proibido, mas nossa cultura incentiva a população a se embriagar com propagandas que alcançam todas as idades. Logo, as drogas são uma questão de saúde pública e de fatores socioculturais, pois a proibição nem sempre surte o efeito esperado, podendo até incentivar o tráfico, como aconteceu nos EUA na época de Al Capone, quando foi proibida a venda de bebidas alcoólicas. Em outro sentido segue o consumo do cigarro no Brasil, o número está em queda, segundo Vigetel. Em 1989, 34,8% da população era fumante, em 2013, caiu para 11,3%. Graças a campanhas de conscientização dos malefícios do tabaco e à restrição do uso e da propaganda de produtos derivados do tabaco em locais coletivos e públicos ou privados. Observe-se que não houve proibição da venda e compra, mas condicionamento, com o objetivo de zelar pelo bem comum, a saúde. Diante desses dois casos podemos aprender a como lidar melhor com as drogas ditas hoje como ilícitas no sentido da legalização mediante ressalvas, para amenizar os efeitos negativos ao bem-estar social, assim como já acontece com outros produtos. Um mecanismo para garantir condições financeiras seria uma lei sancionada pelo Governo Federal para que parte da arrecadação desse novo comércio fique destinado ao SUS, assim quanto maior o consumo, maior o orçamento da saúde pública. A segunda medida seria socioeducativa, O MEC determinaria que as escolas apresentariam aos jovens as consequências do uso das drogas como parte do seu currículo. E por fim os grandes meios de comunicação devem se comprometer a apresentar em horário nobre casos de dependentes químicos com o objetivo de sensibilizar a todos sobre como as drogas podem acabar com uma vida.