Há décadas o Brasil tenta combater o enorme mercado de drogas no país, no entanto essa política mostrou-se um fracasso. Dessa maneira, a descriminalização pode ser vista como uma solução mais viável, já que acabaria com com o poder do tráfico, além de redestinar as verbas para o tratamento dos dependentes químicos. A guerra às drogas não logrou êxito, pois há uma incapacidade das instituições governamentais em lidarem com essa problemática. Segundo mostra o documentário "Quebrando o Tabu", promovido pelo ex presidente da república Fernando Henrique Cardoso, não há como de fato acabar com o monopólio das drogas sem antes legalizá-las, afinal elas estão presentes até mesmo em presídios de segurança máxima.Dessa forma, romper com esse comércio significaria o fim das máfias do tráfico e ,por conseguinte, das guerras, que ocorre principalmente nas comunidades mais pobres matando milhares de pessoas. Além disso, a maior parte das pessoas que vão presas são usuários e não grandes traficantes, sendo que os primeiros devem ser visto como um problema de saúde pública. Em Portugal, onde houve a descriminalização desde 2001, o problema de dependência química foi tratado por órgãos de saúde e de acordo com a OMS, 400 mil pessoas receberam o tratamento adequado. Além do mais, outros fatores apontados pelo próprio criador da lei, Vitalino Ganas, se mostram positivos devido a descriminalização, como a queda no número de usuários que não só receberam o suporte necessário, como também foram reintroduzidos na sociedade. Logo, a descriminalização evitaria que os doentes fossem presos e provavelmente coagidos ao mundo do crime, sendo que isso intensificaria o conflito e uma crescente insegurança. Desse modo, o Governo Federal, por intermédio de políticas públicas, deve promover reuniões tanto com ministérios quanto com países que já legalizaram as drogas com o intuito de replanejar a melhor forma de descriminalização e diminuir ao máximo o poder do tráfico, bem como o Ministério da Educação deve introduzir nas escolas aulas que abordem claramente os efeitos e malefícios das drogas com o fim de orientar os jovens ao melhor caminho. Ademais, o Ministério da Saúde deve criar programas de auxílio aos dependentes químicos com a finalidade de orientar, tratá-los e reintroduzi-los na sociedade longe da coerção do tráfico.