Título da redação:

Drogas: mais compreensão e menos repressão

Tema de redação: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 29/07/2017

A questão das drogas sempre foi um tabu para a sociedade. Porém, elas estão presentes nas populações há muito tempo, e é quase impossível extinguí-las dos mercados. Antes, nos anos 70, os Estados Unidos tentaram proibir o comércio das bebias alcólicas, o que não deu certo. Assim como na China ocorria o frequente uso do ópio, e os árabes usavam o haxixe. Hoje, há uma maior variedade de drogas no mercado, muitas delas legalizadas, como os remédios para emagracer e as bebidas alcólicas. Por que então não se pensa na licitação do comércio de drogas como a maconha? Talvez essa ação possa salvar vidas. Em primeiro lugar, é importante entender que o Brasil já possui um mercado de drogas ilícitas. A partir desse entendimento, não adianta o governo fechar os olhos e lavar as mãos, assim como Pôncio Pilatos. Pelo contrário, é preciso observar mais a situação e controlar melhor. Dessa forma, uma maneira eficaz de atingir esse objetivo, é tornar lícito o comércio de drogas como a maconha. Assim, da mesma maneira que o Ministério da Saúde controla a qualidade de remédios, poderia controlar a qualidade desses produtos. Associado ao controle de consumo, o governo também pode ter dados mais eficazes sobre os dependentes químicos. A partir do momento em que se reconhecer que há um mercado de drogas, pode-se ter um olhar mais compreensivo do que fazer com os dependentes. Atualmente, sob a ótica de negar o consumo de drogas, os governos simplesmente não sabem como lidar com as pessoas que precisam de ajuda. Por exemplo, o caso de São Paulo, em que João Doria mandou internar os pacientes compulsoriamente. Para se ter uma ideia de que há outras maneiras de lidar com o problema, na Holanda, onde as drogas são legalizadas, há espaços de tratamento para dependentes, e os resultados são satisfatórios. Em virtude dos fatos mencionados, pode-se entender que o governo precisa olhar com mais cautela para a questão das drogas. Assim como precisa retirar o véu que o cega para as questões existentes quanto a isso. Para tentar sanar o problema, deputados e senadores podem articular leis mais brandas para o comércio de alguns tipos de droga, como a maconha, e permitir a venda em pontos legalizados. O Ministério da Saúde pode também, articular programas de reabilitação para dependentes químicos, baseados em diálogos e na confiança do paciente com os profissionais. Somente com o fim do receio de conversar sobre drogas, é que o país poderá aprender a educar sem reprimir.