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Tema de redação: O conflituoso consumo de drogas lícitas e ilícitas no Brasil

Redação enviada em 27/07/2017

O uso de drogas, sejam lícitas ou ilícitas, há muito tempo é tema de discussões acadêmicas, científica e legislativa. Nesse assunto complexo há a abrangência de questões como o livre arbítrio, a violência e o tributário. No Brasil o tabaco e bebidas alcoólicas são uma das principais drogas lícitas, embora, de acordo com o pesquisador britânico David Nutt, se encontra entre as 6 primeiras substâncias mais agressivas ao organismo, e possuem maior índice de mortalidade que outras drogas ilícitas. Com base nisso, movimentos reivindicam a legalização da maconha. Entretanto, deve-se levar em consideração que o cigarro e a cerveja são extensivamente consumidos, o que explicaria os maiores índices. Outro argumento pró-maconha é sobre o direito individual de escolha. No entanto, não levam em consideração que viciados em entorpecentes se tornam escravos da substância. Além disso, sobre os efeitos de drogas alucinógenas ou que alteram a coordenação motora, podem trazer prejuízo a terceiros ou servir como gatilho para atos de violência e homicídio. Há também quem afirme que a legalização da maconha reduziria o tráfico e drogas, diminuiria a violência e seria uma fonte de impostos. Entretanto, a legalização dessa droga no Uruguai não trouxe esses resultados. Deve-se levar em conta que médios e grandes traficantes, após legalização, dificilmente deixarão de buscar no crime dinheiro rápido, seja com produtos mais baratos ou com a venda de crack, cocaína, etc. Por outro lado, mais de 30% dos presos no Brasil são encarcerados por tráfico de entorpecentes, muitas vezes com pequena quantidade para uso próprio. Em Portugal, desde 2001, a posse de até 10 porções de qualquer entorpecente passou a ser considerada contravenção administrativa, não mais crime, além de haver a melhoria e o incentivo no tratamento dos toxicodependentes. Destarte, a descriminalização não é uma solução promissora, mas pode diminuir a superlotação dos presídios brasileiros. A prevenção ainda é o melhor caminho. Para isso, deve-se incrementar a conscientização sobre os riscos do uso das drogas pela mídia e com palestras para a comunidade. Nas escolas essa conscientização existe, mas carece de impacto emotivo. Além do mais, para diminuir as chances de indivíduos escolherem o tráfico de drogas ou seu consumo, deve haver o aumento de postos de trabalho para pessoas carentes e a disponibilidade de cursos profissionalizantes.