Na década de 20 foi implementada a Lei Seca nos Estados Unidos, pela qual o uso e venda de bebida alcoólica tornou-se ilegal. Instaurou-se então um cenário em que a liberdade individual foi violada e houve intensa violência com a dominação de gangues nas cidades. Tal lei foi abolida no começo da década de 30, tendo como consequência o enfraquecimento das gangues e a diminuição da violência. Diante dos aspectos positivos da legalização da bebida alcoólica no contexto citado, é importante que da mesma forma as drogas que hoje são ilícitas tornem-se lícitas uma vez que haverá diminuição da violência e do número de mortes dos usuários por overdose. Com a criminalização de determinadas drogas, a justiça deve impedir o tráfico. Isso se dá através do policiamento ostensivo que trava diversos conflitos armados com traficantes, gerando milhares de mortos e feridos anualmente, e entre as vítimas estão tanto criminosos e policiais quanto a população vítima de bala perdida. Assim sendo, a legalização das drogas enfraquecerá as facções criminosas, diminuirá os confrontos armados e por consequência diminuirá a violência. Além disso, com a legalização será possível enxergar as drogas como um problema de saúde pública, fazendo com que o usuário tenha uma substância de melhor qualidade aliado à um acompanhamento médico. Isso terá como consequência a diminuição de mortes por overdose decorrentes do mau uso, assim como uma melhora na qualidade de vida dos usuários. Já dizia Immanuel Kant: "O homem é aquilo que a educação faz dele". Tendo isso em vista é importante que aliado à legalização, o conhecimento sobre os malefícios das drogas chegue as pessoas para que assim seu uso seja desestimulado. Para que isso ocorra deve haver palestras educacionais com a participação de ex-usuários em escolas públicas, e assim como ocorre nas cartelas de cigarro, deve haver cartazes distribuídos em edifícios públicos contendo as consequências nefastas do uso das novas drogas legalizadas.