Dentro de um estado dito democrático, tal como o Brasil, o debate popular deve ocorrer para que não haja a polarização social em relação a um determinado assunto. Tal polarização é visível quando debate-se à respeito dos entorpecentes. O uso da maconha é ilegal, enquanto outras drogas, como álcool e tabaco, são legalizadas. No entanto, está realmente corretá esta classificação? É comprovado cientificamente que a maconha possui propriedades medicinais. Contudo, considera-se essa prejudicial pela dependência causada por seu uso individual, desse modo, a maconha foi criminalizada, afetando milhares de pacientes os quais teriam um tratamento mais efetivo caso utilizassem fármacos formulados com os atributos da maconha. Observa-se então, uma contradição entre os termos "droga lícita" e "droga ilícita" ao comparar a maconha com algumas das drogas liberadas no Brasil. Como exemplo temos as bebidas alcoólicas que possuem permissão para seu livre comércio, além de propagandas para induzir seu consumo. Todavia, ignora-se os inúmeros acidentes causados por motoristas embriagados e os problemas de saúde causados pela ingestão da bebida. Conclui-se portanto que a dada classificação atual das drogas em lícitas e ilícitas está errônea. A legislação brasileira deve criar clausulas específicas para cada tipo de substância, de tal modo que a maconha continue ilícita para o consumo individual, mas seu uso seja liberado para produção de remédios. Em outras palavras, é necessária uma renovação da classificação das drogas.