Há quem diga hoje em dia que em toda a família existe um sujeito que caiu nas drogas, prejudicando não só a ele mesmo, mas a todos que o cercam. A verdade é que tanto as drogas lícitas quanto às ilícitas são responsáveis por diversos danos para a sociedade. Seu consumo leva à diversas doenças, mortes, aumento da violência e insegurança. O uso de drogas ilícitas no Brasil sustenta o narcotráfico, que comercializa ilegalmente drogas como o crack, cocaína, maconha e heroína. O combate a esse comércio criou no país uma verdadeira guerra, que segundo o anuário de 2015 da ONG Fórum Brasileiro de Segurança Pública colaborou para se atingir os 278.839 assassinatos entre 2011 e 2015, tendo sido nove pessoas mortas por dia pelo Estado, cuja maior vitima é o negro e pobre. Esse número lamentável não só demonstra a ineficiência da segurança pública em acabar com o tráfico, como também aponta para uma grande crise socioeconômica uma vez que a desigualdade, a falta de oportunidades e o preconceito levam a população marginalizada a procurarem o caminho do crime para sustentar-se. No entanto, não são as drogas ilícitas responsáveis pelos maiores danos à sociedade, as drogas lícitas, como o álcool e o tabaco respondem por 8,1% dos problemas de saúde no mundo, contra 0,8% causado pelas drogas ilegais, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O que assusta com relação às drogas não criminalizadas, além desse resultado, é que o seu consumo é amplamente divulgado pela publicidade e pela mídia, como novelas, filmes e seriados, potencializando o excesso de consumo de bebidas alcoólicas, que podem causar acidentes de trânsito, e que junto com o cigarro podem levar a problemas de saúde físico e psicológico. Dessa maneira, as drogas lícitas ou ilícitas podem causar diversos males para a população, cabendo à sociedade e ao Estado o dever de encontrar medidas para diminuir com o consumo de qualquer narcótico. Entre as providências, o Ministério da Educação poderia levar para as periferias escolas técnicas e uma melhor educação, a fim de dar melhores condições de vida para a população carente. Tendo oportunidade e melhor instrução a ida para o crime, principalmente de jovens, pode ser menor, o que prejudicaria o tráfico. Além disso, o Ministério da Saúde deve aprimorar o tratamento de pessoas viciadas, contratando mais profissionais da saúde, construindo mais clinicas e buscando novos métodos para o combate ao consumo de entorpecentes. Com isso, pode-se reduzir o conflito causado pelo consumo de drogas licitas e ilícitas.