Título da redação:

O poder da palavra.

Tema de redação: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 13/10/2015

Atualmente segundo o Código Penal brasileiro, jornada exaustiva e condições degradantes, são considerados formas de trabalho escravo. Porém tal nomenclatura se faz incorreta, uma vez que segundo por definição, escravo é aquele privado de sua liberdade, que a vida pertence a terceiros. O que não pode ser feito então, é subestimar o poder que as palavras têm. Ao não definir bem o que é trabalho escravo, o código penal passa a se submeter as mais diversas formas de interpretação. Até a implantação global das ideias de direitos humanos, a escravidão era algo mais que comum nas sociedades humanas. O trabalho forçado e a ideia de posse sobre uma pessoa, remonta as mais antigas civilizações, desde os sumérios na Mesopotâmia aos incas na América do Sul. Esta ideologia, por sua vez, culminou na lamentável escravidão de povos de origem africana no Brasil, que faz com que tantos negros ainda sofram com o preconceito enraizado na sociedade brasileira. Por isso, essa prática detestável, que acaba com a vida dos escravizados e deixa um legado de dor àqueles que os sucedem, deve ser combatida de forma severa. Entretanto, práticas mais brandas de exploração trabalhista, como carga horaria exaustiva ou condições insalubres de trabalho, devem sim serem punidas, mas não com a mesma pena que as dadas para quem de fato consumar a escravatura. Já o indivíduo que priva alguém de sua liberdade tem de ser sofrer consequências criminais graves. Deste modo, o que deve ser feito é uma separação clara no legislativo sobre o que é de fato escravidão e o que é exploração, uma vez que a primeira priva a pessoa do direito de escolha. Consequentemente as penas para quem fizer escravos devem ser aumentadas, precisam ser exemplares, para coibir tal prática. Já no caso da exploração, cabe aos meios de comunicação explanar os direitos dos trabalhadores, para que assim, cada indivíduo possa entender se está sendo explorado ou não, e a partir daí buscar sua defesa.