A escravidão é descrita em diversos contextos históricos. Durante a construção das pirâmides do Egito, os escravos foram usados no empilhamento de pedras por muitos anos. Na Europa, eles contribuíram para a proteção de diversos impérios, quando exerciam atividades militares. No Brasil, a escravidão exercida por senhores feudais, no período colonial, é a que mais marca a lembrança dos brasileiros. Todavia, o conceito de escravidão é mais amplo, sendo observado diariamente, quando trabalhadores exercem atividades em ambiente precário ou por duração excessiva. Existe a necessidade de se reformular as leis que relacionam-se à escravidão. Ainda que essas leis limitem o número de horas trabalhadas, é comum a existência de atividades profissionais que requeiram jornadas de trabalho acima de oito horas diárias. Nesse horário, o profissional geralmente realiza suas tarefas via computador. Os problemas de saúde sofrida pelo profissional devido ao número de horas seguidas sentado, já foi descrito por pesquisadores extensivamente. Esse tempo na frente do computador pode ser considerado uma forma de escravidão, no momento que o profissional prejudica a sua saúde para realizar atividades requeridas por um chefe. Esse exemplo de escravidão é apenas um exemplo de quão sutil pode ser a escravidão nos dias atuais. Junto com a reformulação do conceito de trabalho escravo, é necessário que haja conscientização da sociedade sobre o que é o trabalho escravo, para que haja uma libertação. Muitos que sofrem escravidão continuam realizando suas atividades por não se atentarem aos danos físicos, mentais e sociais. O medo de perder o emprego também contribui para o profissional não denunciar as condições de trabalho em que se encontra. No momento que existe uma lei que os ajuda a denunciar, a escravidão começa a ser vencida. Descrever o conceito de escravidão, formulando leis que coíbam esse ato é o passo inicial a ser tomado. A redução da jornada de trabalho, a valorização do profissional e o respeito aos seus direitos são características a serem consideradas nas novas leis. Além de criar novas leis, tem-se que divulga-las por meio de internet, palestras e cursos. Ao ter consciência do quanto maléfico é a escravidão, o profissional buscará seus direitos. Um país com leis claras e cidadãos conscientes são requisitos de todas as nações desenvolvidas.