Em 1888, a Lei Áurea assinada pela Princesa Isabel, libertou mais de 3 milhões de escravos africanos no Brasil. A partir de então os afrodescendentes da época irradiaram esperança a um futuro que antes era marcada por dor e sofrimento. Não obstante, décadas após a aprovação da lei ainda vemos escravos com cor e raças diferenciadas trabalhando em fazendas, albergues e pequenas indústrias com condições de vida precárias e insalubres. No começo do ano de 2015 a polícia federal resgatou cerca de 15 trabalhadores em Mato Grosso, onde trabalhavam como escravos. Não é surpresa para a sociedade brasileira deparar-se com notícias como essa Trabalho forçado, condições trabalhistas precárias, sem condições dignas de moradia e alimentação são marcas que a ganância e a falta de pudor que empresários aproveitam da esperança de um futuro melhor de muitos homens. No poema de Castro Alves,Navio Negreiro, o poeta descreve o dia vil de muitos escravos africanos que estavam sendo transportados como cargas sem valor. A locomoção de muitos ''trabalhadores sem salário'' ,hoje, ocorre da mesma forma. Em cima de carros abertos eles são jogados para trabalhar sem querer. De acordo com pesquisas do Ministério do Trabalho e Empregos, desde 1995, já foram resgatos cerca de 45 mil trabalhadores principalmente em áreas de pecuária e lavrouras de cana de açúcar. A falta de fiscalização em muitos lugares como estes, facilitam a multiplicação dos números de pessoas em condições escavistas. Diante dos fatos relatados o Estado deveria intervir ficalizando com agências reguladoras e polícias, punindo com multas, penas alternativas e detenção para os acusados. Além disso, a imprensa tem seu papel de denunciar e orientar a opinião pública para que mais homens sejam libertos e que os principais artigos da lei brasileira seja cumpridos: direito á vida, á liberdade e á igualdade.