O Brasil possui um grande e enraizado histórico escravocrata que, desde seu início no século XVI tem experimentado diversas transformações – atualmente, não estando mais restrito aos negros – e, contemporaneamente, faz-se presente na vida de milhares de brasileiros, fator que tem estado em discussão na sociedade do século XXI. Deve-se levar em consideração, primeiramente, que os conceitos e ideias iniciais sobre direitos do cidadão surgiram durante a Revolução Francesa. Porém, somente no governo de Getúlio Vargas que essa ideologia foi concretizada em leis abrangentes no Brasil, devido ao caráter populista do presidente. Todavia, sabe-se que há, ainda, relatos de indivíduos que não são detentores dos seus direitos, mantidos sob custódia escravagista, trabalhando em condições degradantes, com jornadas exaustivas, salários injustos e até mesmo servidão por dívida. Por mais que haja leis de punição e penas destinadas aos indivíduos que mantém trabalhadores sob tais condições, o trabalho escravo ainda persiste pelo fato de uma boa parcela da população estar aquém sobre esse assunto. Ademais, o déficit educacional e mercantil são os responsáveis por estes trabalhadores submeterem-se à condições tão desumanas. Ou seja, sem educação não há qualificação e, já que o mercado de trabalho está cada vez mais exigente em relação à qualidade da mão de obra, o trabalhador sem outra oportunidade e desqualificado vê na submissão ao sistema escravocrata a única saída. Diante desses fatos, fica clara, portanto, a necessidade de haver uma maior conscientização populacional sobre a realidade do trabalho escravo na sociedade contemporânea através da mídia. Além disso, o governo, juntamente com as ONGs e a justiça brasileira, é responsável pelo enrijecimento da pena, investigação e denúncia de casos de exploração do trabalhador, além de ampliar seus investimentos em educação, para que o indivíduo tenha mais oportunidades no mercado de trabalho e não precise entregar-se à escravidão. Só assim, será possível ter a garantia de todos os direitos de forma plena.