Nas primeiras cenas do filme Pantera Negra, dos estúdios Marvel, é mostrado o tráfico de mulheres negras por homens conterrâneos a elas. Esse cenário não difere muito da atual realidade brasileira, em que as pessoas escravizam umas às outras visando um maior lucro, independente da forma. Apesar da redução considerável de casos no Brasil, ainda é necessário discutir sobre o trabalho escravo neste território. Em primeira instância, vale definir o atividade escrava contemporâneo como aqueles encontrados em condições fora das leis previstas, como a jornada exaustiva e excedente, o trabalho forçado ou sob ameaça e a escravidão por dívida. Sendo mais encontrada nas áreas rurais, onde a fiscalização é escassa, muitos trabalhadores não têm conhecimento de seus direitos e, sendo assim, não procuram ajuda. Já outros, ao tentar busca-la, sofrem forte repressão física e moral, servindo ainda como um exemplo negativo àqueles que consideram denunciar. Convém ponderar, ainda, sobre a influência que a baixa disponibilidade de empregos formais tem sobre o aumento do número de trabalhos escravos. Sendo dependente do dinheiro e do trabalho que o gera, um cidadão que perde uma oportunidade de trabalho para alguém mais qualificado ou uma inovação tecnológica, se vê disposto a aceitar uma oferta, quaisquer forem as suas exigências. Os donos das empresas, aproveitando-se da crise do país, gastam pouco com a mão de obra, o que gera mais lucros e dão à eles o poder de contratar mais pessoas nas mesmas condições precárias, formando um ciclo injusto. É indubitável, portanto, que necessita-se de medidas que tornem o trabalho escravo no Brasil uma ideia obsoleta. Cabe ao Ministério do Trabalho abrir novas possibilidades de emprego, onde ofereçam a especialização ao adquirir a vaga, abrindo empresas ou ramificações, por exemplo, ainda contribuindo para a economia do país. Assim também, a maior fiscalização dos empregos distantes das áreas metropolitanas, diminuindo as relações laborais ilegais já existentes. Desta forma, o Brasil contribuirá para a supressão da escravização.