Título da redação:

Escravidão Moderna

Tema de redação: O conceito de trabalho escravo em discussão no Brasil

Redação enviada em 21/10/2015

Desde 13 de maio de 1888, com a assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel, o Brasil tem se declarado um país livre da escravidão. Porém, a denominação de uma nação não escravocrata vai além de simples documentos e declarações. O combate à essa prática não teve um tratamento adequado desde o princípio, e o resultado disso é a persistência dessas ações até a atualidade. Felizmente, o trabalho escravo moderno não é aceito por grande parte da sociedade brasileira, mas sua persistência é relevante e associada, principalmente, a falta de educação na população. O trabalho escravo da atualidade não é como o do passado, não há um comércio e um mercado lucrativo de pessoas como foi no período colonial do Brasil, isso já evidencia que não é algo praticado intensamente pela população brasileira. Essa intitulação de escravidão da modernidade se dá, por diversas razões, entre elas, por dívidas, prostituições de homens e mulheres, jornadas exaustivas de trabalho e até mesmo religiosa. Os principais exemplos que constatam essas práticas são as inúmeras operações da Polícia Federal em busca de grandes prostíbulos, lugares onde há condições degradantes de trabalho e, recentemente, a prisão de alguns líderes religiosos de uma seita no sul de Minas Gerais, que escravizavam fiéis em troca da salvação dessas pessoas no mundo espiritual. Além disso, um pesquisa recente do Ministério do Trabalho e Emprego, constatou que mais de 70% dos trabalhadores em situações de escravidão, não possuem estudos ou cursaram até a quarta série do ensino fundamental. Isso retrata que a falta de estudos está diretamente associada a aceitação dessa imposição do trabalho escravo. Uma vez que, a falta de estudo inibe a elevação do senso crítico e impede o indivíduo de conhecer seus verdadeiros direitos como cidadão. Essa falta da educação gera uma alienação muito mais facilitada e eficiente por parte de quem a executa. Fica claro, portanto, que a escravidão atual no Brasil é diferente da que ocorreu no passado, mas ela ainda é latente e prejudicial em algumas classes sociais, principalmente as desprovidas de uma escolaridade efetiva. Sabendo disso, o Governo deve incentivar, ainda mais, a importância da escola na vida de cada pessoa, criando campanhas em regiões, tanto centrais, como mais afastadas dos núcleos urbanos. Alem disso, as escolas devem incorporar ao estudo histórico atual uma vertente que aborde sobre a religião, visando instruir aos alunos que a ideia de salvação não está associada à servidão aos líderes religiosos.