A escravidão está presente no Brasil desde a colonização portuguesa. O termo escravidão corresponde à um conjunto de desumanidades aplicadas ao trabalhador, como o abuso do período de trabalho, a falta de remuneração ou a remuneração inadequada, o trabalho insalubre e, em alguns casos, maus tratos físicos. Muitos povos já foram escravizados durante a história brasileira: os índios, os negros e seus descendentes e imigrantes de diversas nacionalidades. Após 127 anos da abolição, o trabalho escravo ainda acontece nos dias atuais e é um grande desafio na construção de uma sociedade mais igualitária. Atualmente, o quadro da escravidão abrange as pessoas em situação de vulnerabilidade social. A falta de oportunidades e a necessidade pelo sustento encontram-se com um mercado que valoriza o lucro, deixando em último plano os direitos trabalhistas. Os nordestinos que trabalham com cana de açúcar, os nortistas responsáveis pela extração de madeira, minérios e produção de carvão e, mais recentemente, haitianos refugiados de desastres naturais são exemplos de trabalhadores sujeitos à condição de escravidão moderna. As consequências desse tipo de prática são danosas para toda população. O desrespeito aos direitos trabalhistas e humanitários podem acabar sendo vistos como uma prática comum, afetando todos os trabalhadores. Muitas crianças, jovens e adultos que poderiam estar estudando, profissionalizando-se e, consequentemente, contribuindo para a evolução do país estão condenadas à essa situação indigna. Portanto, para acabar com a escravidão moderna são necessários um conjunto de medidas. O governo precisa criar uma ouvidoria simplificada e funcional, para que as pessoas denunciem a prática escravagista, confiscar produtos que tenham mão de obra escrava e aplicar multas, para desencorajar a prática no mercado. Além disso, aumentar a inclusão de crianças e jovens vulneráveis nas escolas, para diminuir as disparidades sociais.